A Jeep acaba de revelar os seus planos de electrificação para o futuro, os quais passam por lançar na Europa quatro modelos exclusivamente a bateria até 2025, num prenúncio do abandono dos motores a combustão cinco anos antes do estipulado por Bruxelas, ou seja, até 2030. No Velho Continente, a ofensiva eléctrica da marca norte-americana será encabeçada pelo Avenger, um SUV compacto que surgirá pela primeira vez aos olhos do público na próxima edição do Salão Automóvel de Paris, a 17 de Outubro. Precisamente o dia em que abrem as reservas.

Além de revelar algumas imagens que confirmam que a versão definitiva deste SUV pouco “foge” ao concept que foi exibido no início deste ano, durante a apresentação do plano estratégico Dare Forward, traçado a longo prazo pela Stellantis, a Jeep é parca em detalhes. A marca aponta para uma autonomia de 400 km entre recargas e promete que o novo modelo continuará fiel ao seu ADN, com números “impressionantes” para o segmento, no que respeita à distância ao solo e aos ângulos ventral e de ataque. Tudo isto compatibilizado com um “interior moderno e tecnologicamente avançado, com um amplo espaço a bordo e na bagageira”.

Na gama, o novo SUV da Jeep vai posicionar-se abaixo do Renegade e, segundo a marca, começará a ser entregue já no início de 2023, vindo da fábrica da Stellantis na Polónia, em Tychy.

Expectavelmente, este novo modelo vai ser similar a outras propostas do grupo franco-italo-americano, como o Opel Mokka-e, o DS 3 Crossback E-Tense ou o Peugeot e-2008, todos eles construídos sobre a Common Modular Platform (CMP) da antiga PSA e equipados com uma bateria de 50 kWh de capacidade. Porém, todos esses modelos anunciam um alcance entre recargas inferior, pelo que resta esperar para sabermos em que variável a Jeep vai mexer para conseguir uma autonomia superior. Pode ainda dar-se o caso de a marca se estar a referir à autonomia em ciclo citadino e não em ciclo misto, como alguns fabricantes optam por fazer – sobretudo em acções publicitárias – , para passar para o grande público uma autonomia mais generosa, embora esta não vá realisticamente ao encontro da experiência de utilização.

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