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A próxima geração de evolução urbana

Este artigo tem mais de 1 ano

Qualidade de vida, economia e sustentabilidade são três eixos de orientação dos projetos de smart cities. É uma dinâmica de transformação digital com impacto na forma como vivemos nas cidades

O conceito de Smart Cities, ou cidades inteligentes, tem vindo a ganhar protagonismo e novas valências à medida que se alarga o espectro de aplicação das tecnologias smart que envolvem sensorização de infraestruturas e conectividade de sistemas digitais.

Trata-se de promover uma relação mais amigável entre pessoas e sistemas, numa interface urbana mais harmoniosa e capaz de garantir o desenvolvimento sustentável das áreas metropolitanas.

A Internet das Coisas (IoT), a Inteligência Artificial ou a Realidade Aumentada já deixaram de ser buzz words. Há inúmeros exemplos de aplicações práticas em diversos sectores, potenciadas pelas tecnologias de comunicação digital que permitem processar grandes volumes de dados.

Lisboa conquistou o European Green Capital Award 2020 e está a desenvolver vários projetos no âmbito das smart cities para resolver problemas específicos, com forte orientação para soluções de analítica de dados. Desde 2018 que o portal “Lisboa Aberta” lança as bases para o pleno acesso aos dados da cidade.

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A par do “Lisboa Inteligente” e do Laboratório de Dados Urbanos de Lisboa “Lx DataLab”, integram o Centro de Gestão e Inteligência Urbana criado pela autarquia com o objetivo de gerir um ecossistema de dados abertos e disponibilizar informação útil à gestão operacional e estratégica da cidade.

A melhoria contínua ao nível da gestão das autarquias depende da capacidade de investimento em tecnologia, do conhecimento e das competências dos dirigentes responsáveis pela implementação de políticas públicas que favoreçam uma estratégia nacional de smart cities.

Em Portugal há cada vez mais municípios a aderir a processos orientados para a mudança tecnológica e metodologias adaptáveis à transformação digital. A consolidação de redes de cidades inteligentes exige uma gestão sustentável dos espaços e dos serviços públicos, apostando na promoção de estilos de vida saudável e no aumento da qualidade de vida das pessoas.

Smart City Lisbon 2022

A comprovar estes avanços, Lisboa faz parte da lista de 31 smart cities classificadas no “Índice das Cidades Inteligentes 2022”, a par de Madrid, Paris, Nova Iorque ou Tóquio, entre outras mega-metrópoles. Num longo processo de seleção, as cidades são avaliadas de acordo com oito indicadores de performance cujo score determina a classificação como smart city.

A recolha de dados sobre os serviços e infraestruturas das cidades teve lugar entre 2019 e 2021. Em plena pandemia, portanto, esta edição do relatório é pontuada pelos períodos de confinamento e pelos efeitos do teletrabalho.

A pandemia mudou a dinâmica das cidades com a proliferação de modelos híbridos de trabalho, menos idas ao escritório e o aumento da micromobilidade. O crescimento dos serviços de transporte através de apps mobile foi acompanhado pelo aumento da procura de serviços de food delivery e transporte de encomendas.

Mobilidade ecológica

A transformação sustentável dos centros urbanos passa também pelo conceito de “cidade dos 15 minutos”, um modelo de organização que coloca todos os serviços essenciais aos cidadãos, à distância de 15 minutos a pé ou de bicicleta. O tema da microbilidade, que preconiza a utilização de bicicletas e trotinetas elétricas de uso individual, a par dos operadores de transporte inteligente estão a transformar a paisagem urbana das grandes capitais, um pouco por todo o mundo desenvolvido.

Descarbonizar é palavra de ordem para alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) e mitigar os efeitos das alterações climáticas. Portugal foi pioneiro, em 2016, ao assumir o compromisso de atingir a neutralidade carbónica em 2050 e, para isso, medidas como a simplificação de tarifários e a redução do valor dos passes com vista a estimular o uso dos transportes coletivos são fundamentais para mudar a cultura de carro próprio que ainda continua a ser, para muitos, o meio preferido para os trajetos do dia a dia.

Algumas plataformas digitais de transporte já oferecem o planeamento de viagens conjugando diferentes meios para otimizar tempo e recursos. Aqui desempenha papel crucial a infraestrutura de redes de comunicação que não se vê, mas tem de ser rápida e fiável para que seja possível sensorizar componentes de mobiliário urbano, vias rodoviárias e edifícios, enfim, todos os elementos físicos passíveis de fornecer dados ao sistema.

Neste sentido, o potencial das redes 5G é evidente e essencial para acelerar a transformação digital dos serviços de mobilidade que implicam automóveis, bicicletas e trotinetas elétricas equipadas com localizadores, reserva remota de postos de carregamento e parques de estacionamento inteligentes com infraestrutura conectada.

Mais elétricos, menos poluição

A mobilidade elétrica continua imparável, com a venda de modelos elétricos a superar a de veículos a gasóleo durante o passado mês de junho, pelo quarto mês consecutivo. Esta é uma tendência que promete continuar a moldar o mercado. Se também está a pensar fazer a transição para um modelo elétrico, no PiscaPisca.pt pode encontrar uma seleção de mais 720 veículos na categoria eco, onde estão os melhores automóveis híbridos e elétricos disponíveis no mercado. A autonomia elétrica dos veículos é cada vez maior e as redes de carregamento já contam com mais de 4500 pontos em todo o país, o que favorece o aumento da procura. A recente crise dos combustíveis e os sucessivos aumentos de preços também ajudam no processo de decisão de compra de um novo automóvel.

Numa época marcada pelo fim anunciado do ownership, com um número crescente de recursos que passam a ser “as a Service”, desde as plataformas de cloud à própria oferta de mobilidade. O investimento em Mobility as a Service (MaaS) é um dos mais relevantes no âmbito das redes de smart cities, porque exige uma uniformização das plataformas e infraestruturas de modo a permitir a integração dos diferentes modos de transporte.

Em breve vai ser celebrada a Semana Europeia da Mobilidade, que decorre anualmente entre 16 e 22 de setembro, uma iniciativa que proporciona o debate alargado sobre a necessidade da mudança de comportamentos relativamente à mobilidade em geral e ao uso dos automóveis, em particular. A par desta transição e da descarbonização de frotas, públicas e privadas, é fundamental acrescentar sentido de urgência e apoiar a tomada de decisões com mais impacto e rapidez.

Perante o objetivo de consciencializar os cidadãos para os efeitos que as suas escolhas individuais terão na qualidade do ambiente, iniciativas como a Semana Europeia da Mobilidade visam proporcionar oportunidades para que os cidadãos se desloquem mais a pé, de bicicleta e nos transportes públicos, promovendo a intermodalidade. Tal como acontece em cada Dia Europeu Sem Carros, temos oportunidade para refletir sobre a forma como usamos o automóvel e como ele se pode enquadrar na cidade inteligente, nomeadamente como veículo de transporte elétrico e autónomo, sem condutor.

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