O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, descreveu a mobilização parcial anunciada pelo homólogo russo como uma tentativa de dar aos comandantes no terreno um “constante fluxo de carne para canhão”.

“Eles sentiram que iam perder e estão simplesmente a tentar evitar esse momento para garantir pelo menos alguma atividade na linha da frente, para substituir os mortos com alguém que tem pelo menos armas nas mãos”, afirmou. O líder ucraniano não poupou nas críticas ao comando militar russo por, apesar da “falta de sentido” da guerra e da perda de iniciativa, continuar a levar os seus soldados à morte.

As tentativas constantes das ofensivas russas na região de Donetsk vão certamente ficar na história da guerra como um dos mais cínicos assassinos dos próprios soldados.”

No discurso diário, Zelensky estabeleceu como prioridade conter a “atividade inimiga” na região de Donetsk, onde a situação é “particularmente difícil”. “Este é o nosso objetivo número um agora, uma vez que o Donbass [formado pelo Donetsk e Lugansk] continua o objetivo número um dos ocupantes”, sublinhou.

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Na semana passada foi anunciada a mobilização parcial na Rússia que, segundo o ministro da Defesa, se vai traduzir na convocação de 300 mil reservistas.

Ucrânia. Rússia anuncia mobilização de 300 mil cidadãos e reconhece morte de 5.937 soldados

Desde o anúncio da mobilização parcial na Rússia que muitos cidadãos russos têm procurado sair do país. A Finlândia tem sido um dos destinos escolhidos. Segundo os dados do controlo fronteiriço do país, cerca de 17 mil russos chegaram à Finlândia no último fim de semana.