A Aston Martin necessita de fundos para crescer, sobretudo numa altura em que, também ela, está a fazer a transição para a mobilidade eléctrica. Mas o construtor britânico possui uma série de trunfos que não lhe colocam grandes dificuldades no momento de atrair novos investidores. Na mais recente ronda para reunir capital, e em causa estava a necessidade de cativar 735 milhões de euros de investimento, foram os sauditas e a Geely quem mais se “chegou à frente”.
Os árabes, através do fundo soberano saudita, conseguiram atingir o estatuto de segundo maior accionista da Aston Martin, passando a deter 18,7% das acções. A Arábia Saudita investiu cerca de 90 milhões de euros, bastante mais do que a Mercedes, que colocou na Aston Martin mais 60 milhões de euros, de que já possuía 12,0%. Ao não acompanhar os restantes investidores, a marca da estrela viu a sua participação cair para apenas 9,7%.
O canadiano Lawrence Stroll, pai do piloto da equipa de Fórmula 1 da Aston Martin, continua a ser o maior accionista do construtor britânico, com 18,7% depois do aumento de capital, sendo que a principal novidade é a entrada da Geely, propriedade de Li Shufu, que adquiriu 7,6% do fabricante inglês. Ele que já é o maior accionista da Mercedes (onde possui 9,69%), além de dono da Volvo, Polestar e de uma série de outras marcas sob a égide do Grupo Geely. E numa fase em que a Aston Martin pretende começar a lançar os primeiros modelos eléctricos, a Geely pode tornar-se, muito provavelmente, no seu mais forte aliado.