As alterações climáticas têm afetado fortemente os Alpes que registam recordes de gelo derretido. Desta vez foi na Suíça onde o degelo mostrou um avião desaparecido há décadas, corpos de pessoas e uma rocha que estava enterrada há milhões de anos.

A GLAMOS — rede suíça responsável pela análise do comportamento dos glaciares — revela que em 2022 já derreteu 6% do gelo que ainda resta na maior cadeia montanhosa da Europa, estando muito perto de atingir metade do valor registado em 2003. A Reuters conta que as perdas de cerca de 3 quilómetros cúbicos de gelo este ano se devem à falta de neve durante o inverno e às altas temperaturas constantes que se fizeram sentir durante o verão.

O cenário não é favorável e espera-se que no futuro possa perder-se ainda mais quantidades de água. Mais de metade dos glaciares dos Alpes estão na Suíça onde as temperaturas estão a aumentar rapidamente e o dobro do expectável.

“Com os cenários climáticos já sabíamos que esta situação iria acontecer no futuro. Perceber que o futuro está aqui e agora, é talvez a experiência mais surpreendente e chocante deste verão”, refere o diretor da GLAMOS, Matthias Huss.

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