Pela primeira vez desde o início da invasão russa na Ucrânia, o Presidente da Bielorrússia, Aleksandr Lukashenko, confirmou o envolvimento do país no conflito, embora com algumas nuances.
“No que diz respeito à nossa participação na operação especial na Ucrânia, estamos a participar, não o escondemos. Mas não matamos ninguém, não enviamos os nossos militares para nenhum ponto. Não violamos os nossos compromissos”, disse Lukashenko, citado pela agência de notícias do país, BelTA. Desta forma, a participação do país liderado por Lukashenko limita-se a “impedir a propagação” do conflito “no território da Bielorrússia”.
O líder bielorrusso, aliado de Putin, reconhece ainda que o país “oferece ajuda médica” e que “se necessário trata e alimenta pessoas”: “E não só russos.”
Lukashenko rejeita, no entanto, que a participação vá além desse apoio a refugiados. “Acima de tudo alimentamos refugiados da Ucrânia que chegam à Bielorrúsia, cerca e 400-500 pessoas por dia. Esta é a nossa participação nesta operação militar, não haverá outro tipo”, acrescentou ainda o Presidente bielorrusso.