O Mundial do Qatar será o último Campeonato do Mundo da carreira de Lionel Messi. A notícia foi anunciada pelo próprio jogador numa entrevista ao canal Star+ onde garante estar “ansioso” por disputar a competição com a seleção da Argentina.
“Se é o meu último Mundial? Sim, de certeza que sim. Sinto-me bem fisicamente, pude fazer uma pré-temporada muito boa este ano ao contrário do ano passado, por tudo o que aconteceu. No ano passado comecei a treinar tarde e joguei sem ritmo com a época a decorrer. Fui à seleção e quando voltei lesionei-me, nunca consegui arrancar”, disse Messi, que esta quarta-feira defrontou o Benfica na Luz ao serviço do PSG.
“Estou a contar os dias para o Mundial. A verdade é que há alguma ansiedade, quero que comece já, há algum nervosismo. Quero que comece já e penso no que vai acontecer, como nos vai correr, porque vai ser o último. Por um lado, não vemos a hora de que comece; por outro, há essa vontade de querer que tudo nos corra bem”, acrescentou o capitão da seleção sul-americana.
A Argentina chega ao Qatar depois de ter conquistado a última Copa América e a atravessar uma série de quase 40 jogos consecutivos sem derrotas. Ainda assim, Messi não considera que a seleção seja uma das favoritas à vitória no Mundial. “Vamos chegar num momento muito bom, por tudo o que aconteceu. Estamos num grupo muito forte mas num Mundial tudo pode acontecer. Todos os jogos são difíceis mas é isso que torna um Mundial tão especial. Nem sempre os favoritos são os que acabam por ganhar ou por fazer o caminho que se espera que façam. Não sei se somos os grandes candidatos mas a Argentina é sempre candidata, pela história e pelo que significa, ainda para mais no momento que estamos a viver. Mas não somos favoritos, há outras seleções que estão acima”, terminou Messi, que cumpriu 35 anos no passado mês de junho.
O Mundial do Qatar será o quinto da carreira do argentino, que esteve no Alemanha 2006, no África do Sul 2010, no Brasil 2014 (onde perdeu na final com a Alemanha) e no Rússia 2018. De recordar que esta não é a primeira vez que Messi aborda um eventual ou futuro adeus à seleção argentina: em 2016, depois de perder a segunda final consecutiva da Copa América para o Chile e de falhar o respetivo penálti na decisão por grandes penalidades, anunciou que não voltaria a vestir a camisola da seleção. Acabou por reverter a retirada, sendo novamente convocado cerca de dois meses depois, e em julho de 2021 conseguiu então alcançar o primeiro título pela Argentina com a vitória na Copa América frente ao Brasil.