O Presidente da República sublinhou este sábado que a diplomacia portuguesa “está muito forte”, depois ter inaugurado a nova residência oficial da embaixadora portuguesa em Chipre, saudando o trabalho que a comunidade portuguesa está a fazer no país.

No penúltimo ponto de agenda do seu primeiro dia de visita oficial a Chipre, Marcelo Rebelo de Sousa inaugurou a residência oficial da nova embaixadora de Portugal no país, Vanda Stelzer Sequeira, que entrou em funções em março deste ano.

“É uma residência como nós já não abríamos há muito tempo um pouco por todo o mundo. É um bom sinal, sinal de que a diplomacia portuguesa está muito forte e de que está atenta ao que se passa aqui, neste país, nesta ilha, e sobretudo com aquelas e aqueles que são nossos compatriotas”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa, tendo o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, a escutá-lo.

Perante vários membros da comunidade portuguesa no país — que, segundo as estimativas da embaixada, deverá ser composta por entre 300 e 400 cidadãos –, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que a nova embaixadora é “particularmente competente, atenta, criteriosa, ponderada”.

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“É adequada a este difícil lugar, porque é um lugar que exige todas estas qualidades: estar atento para não escapar nada, ter critério na apreciação daquilo que se vai vendo e ouvindo, e lendo, sempre também com bom senso, com lucidez, com ponderação”, referiu.

Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou “todas as situações são hoje, neste mundo revolto, complicadas”, mas a situação que se vive em Chipre “já é complicada há muito tempo”.

“Ainda não havia guerra na Ucrânia, ainda não havia pandemia, ainda não havia tudo aquilo que mudou o mundo no final do século passado e no começo deste século e já havia aqui uma situação a exigir uma grande sensibilidade”, referiu.

Dirigindo-se aos cidadãos portugueses que o escutavam no jardim da nova residência oficial, Marcelo Rebelo de Sousa disse ter “muito orgulho nesta comunidade”, que “vive num país que, ele próprio, vive existencialmente um problema há cerca de 60 anos”.

“Eu queria agradecer-vos tudo aquilo que fazem por Portugal aqui. Cada uma de vocês cada um de vocês, é Portugal. (…) Queria que, no momento em que se abre esta casa portuguesa, se lembrassem disso: (…) do orgulho e da responsabilidade que é ser-se português, ser-se Portugal, e daquilo que isso significa”, referiu.

Intervindo antes de Marcelo Rebelo de Sousa, o ministro dos Negócios Estrangeiros disse ser um “orgulho especial” estar presente no momento em que é inaugurada a residência oficial da nova embaixadora, destacando o potencial que pode ser explorado nas relações entre Portugal e Chipre.

“Temos uma relação forte, calorosa, sem dificuldades ou problemas de qualquer natureza, numa relação que se procura densificar, procurando trabalhar nos diversos pontos de contacto que temos com Chipre. (…) Contamos com a comunidade portuguesa em Chipre para consolidar esse relacionamento”, disse.

Do seu lado, a embaixadora portuguesa pediu desculpa por ainda não conhecer todos os membros da comunidade portuguesa que se deslocaram este sábado para a cerimónia de inauguração, mas disse já saber que se trata de “uma comunidade, jovem, muito dinâmica e bem integrada”.

“Orgulha-me muito poder contar com uma comunidade assim tão bem integrada, e julgo que é um motivo de grande orgulho para Portugal podermos projetar aqui uma imagem tão favorável do país”, referiu.