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As autoridades russas aumentaram esta terça-feira o número de mortos para quatro na sequência do ataque à ponte Kerch, que liga a Rússia à península da Crimeia, após ser recuperado o corpo de uma última vítima.

Os serviços de emergência indicaram assim que a quarta vítima mortal foi identificada como Sergei Maslov, juiz do Tribunal Arbitral de Moscovo, de acordo com a agência de notícias russa TASS.

As quatro vítimas seguiam numa viatura que poderia ter sido o “epicentro da explosão“, segundo as autoridades.

No domingo, Putin acusou os serviços secretos ucranianos de “ato terrorista“, e ordenou bombardeamentos massivos contra as principais cidades do país vizinho, incluindo a capital Kiev.

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A ponte, também conhecida por Ponte da Crimeia, é considerada uma rota importante de abastecimento logístico para as forças russas na península e no sul da Ucrânia ocupado pela Rússia.

A estrutura, com 19 quilómetros de extensão, inclui uma via de transporte ferroviário e uma autoestrada.

A rota alternativa à ponte tem uma extensão de 359 quilómetros, dos quais 180 estão a ser reparados pelo Ministério dos Transportes da Rússia.

Um dos objetivos da campanha militar russa na Ucrânia consistiu em garantir um corredor terrestre entre território russo e a península, que depende dos cereais, água e energia elétrica provenientes do sul da Ucrânia.

O camião que explodiu no final da madrugada de sábado provocou um incêndio em seis tanques de combustível de um comboio de vagões-cisterna e provocou o colapso de duas secções da parte rodoviária da ponte, para além dos 1,3 quilómetros de via-férrea danificados.

A designada ponte de Kerch, declarada objetivo militar por Kiev, foi inaugurada em 2018 pelo Presidente russo Vladimir Putin, ao volante de um camião Kamaz.