Durante anos, a Alfa Romeo tinha uma excelente imagem e um design apelativo, mas os resultados não apareciam. Tanto em termos de vendas, como de facturação e, sobretudo, de lucros, a marca italiana tem passado ao lado de uma carreira de sucesso nas últimas décadas, mas a situação parece estar a mudar desde que a Stellantis assumiu o controlo e colocou Jean-Philippe Imparato, o CEO que antes fez a sua magia na Peugeot, aos comandos.
Carlos Tavares, CEO da Stellantis, não tem dúvidas quanto ao bom momento do construtor italiano. “A Alfa Romeo está em excelente posição e irá apresentar resultados recorde este ano”, declarou o gestor português no Salão de Paris. A afirmação provocou alguma surpresa entre os visitantes do certame francês, evento onde o homem ao leme da Stellantis garantiu que “a Alfa Romeo já deu a volta” e tem o seu “futuro garantido para os próximos 10 anos, pelo menos”. Desafiado a especificar, Tavares avançou que o regresso aos lucros foi conseguido ainda antes do lançamento do Tonale, o SUV compacto que promete ser o modelo mais vendido da casa italiana.
Carlos Tavares afirma que a recuperação da Alfa Romeo foi conseguida ainda antes do lançamento do Tonale, o SUV compacto que vai ajudar a elevar a performance da marca italiana
O Tonale não é a única novidade da marca italiana para os próximos anos. É ainda esperado um SUV 100% eléctrico, de forma a satisfazer a crescente procura por este tipo de motorizações com zero emissões. Surgirá igualmente um novo topo de gama, maior do que o actual Giulia, bem como um Alfa Romeo T33 Stradale, um superdesportivo de encher o olho e destinado a aquecer o coração dos amantes da marca.
Uma das explicações para a rápida recuperação da Alfa Romeo prende-se com a entrada de Imparato para a posição de CEO em Janeiro de 2021, ele que desde 2016 tinha operado a sua magia ao incrementar a imagem, a facturação e os lucros da Peugeot. Não só o gestor francês possui um forte conhecimento do mercado, como possui uma grande reputação dentro da Stellantis, granjeada ainda nos tempos em que Carlos Tavares liderava a PSA, o que certamente lhe abrirá algumas portas e facilitará a implementação da sua estratégia.
