A indústria automóvel reconhece potencial à Polestar e duplamente, pois se por um lado usufrui da experiência da Volvo (que a fundou) no capítulo da concepção e produção de veículos, por outro conta com os bolsos fundos do Grupo Geely, liderado pelo chinês Li Shufu. Depois de lançar o Polestar 1 em 2018, um coupé híbrido plug-in com grande autonomia à custa de uma bateria generosa, de que fabricou apenas 150 unidades, iniciou em 2020 as vendas do 2 e promete começar a entregar o 3 antes do final de 2023. Mas o volume de vendas ainda é inferior ao que muitos pensam.

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A Polestar já tinha anunciado ter como objectivo para 2022 entregar 50.000 unidades do 2, o que nem sequer parecia um valor muito optimista. Isto porque não só se trata de um veículo que não utiliza uma nova plataforma específica para eléctricos – usa a mesma plataforma de modelos com motores de combustão como os XC40 e C40, adaptada para alojar baterias e um ou dois motores eléctricos –, como é fabricado no China, onde o potencial da Geely é considerável.

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Mas apesar destes argumentos a favor, a Polestar, fabricante sueco com capital chinês (como a Volvo) e com produção na China, transaccionou apenas 30.400 veículos nos primeiros três trimestres do ano. Contudo, o construtor está confiante que poderá comercializar mais 20.000 unidades até Dezembro, o que lhe permitirá atingir os 50.000 veículos vendidos no ano, mas com um esforço hercúleo.

A Polestar está a contar com a resolução dos problemas que limitaram a produção de todas as fábricas, relacionados com a estratégia das autoridades chinesas no combate à Covid-19. No início de Novembro, o CEO da Polestar, Thomas Ingenlath, irá anunciar os resultados financeiros da Polestar nos três primeiros trimestres do ano, o que permitirá avaliar a sua evolução.