O Ministério Público e o advogado de Mário Machado pediram esta quarta-feira a pronúncia (ida a julgamento) do ativista antirracista Mamadou Ba por crime de difamação, publicidade e calúnia contra o ex-dirigente do movimento nacionalista e antigo membro dos “Hammerskins” Portugal.
No debate instrutório desta quarta-feira no Campus de Justiça, José Manuel Castro, advogado de Mário Machado, que havia deduzido acusação particular, disse esta quarta-feira acompanhar a alegação do procurador do Ministério Público, pedindo também a ida a julgamento de Mamadou Ba.
Isabel Duarte, advogada de defesa de Mamadou Ba, alegou que neste caso “não há honra suscetível de ser ofendida”, acrescentando não compreender os factos imputados a Mamadou Ba pela acusação particular.
O juiz de instrução criminal Carlos Alexandre marcou para 18 de novembro (15h00) o anúncio da decisão de levar ou não a julgamento o arguido Mamadou Ba.
Neste processo, o Ministério Público acompanhou a queixa particular de Mário Machado contra Mamadou Ba, com pedido de indemnização por danos morais, após o ativista antirracista o ter apelidado, em 2020, nas redes sociais, de “assassino” do cabo-verdiano Alcindo Monteiro, morto em Lisboa, em 1995, por elementos de um grupo de “skinheads“.
Mário Machado estava naquele grupo na noite dos acontecimentos (10 de junho), mas não foi condenado por homicídio no julgamento pela morte de Alcino Monteiro, razão pela qual decidiu apresentar queixa-crime contra Mamadou Ba.