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Um vulcão submarino, as trilobites gigantes e a maior discordância ibérica. Os 3 locais portugueses de interesse geológico internacional

Este artigo tem mais de 1 ano

A União Internacional de Ciências Geológicas escolheu os primeiros 100 sítios de interesse geológico internacional. Há três sítios portugueses que ajudam a contar história desta ciência.

14 fotos

O vulcão dos Capelinhos (Faial), as trilobites de Canelas (Arouca) e a discordância do Telheiro (Vila do Bispo) foram os três sítios geológicos de importância internacional destacados na primeira lista de 100 da União Internacional de Ciências Geológicas (IUGS).

Ao comemorar os 60 anos, a instituição selecionou os primeiros 100 sítios de património geológico — IUGS Geological Heritqage Sites — que têm “elementos ou processos geológicos de interesse científico internacional, usados como referência ou com uma contribuição substancial para o desenvolvimento das ciências geológicas através da história”.

Os 100 sítios selecionados nos vários continentes foram divididos em nove tipos diferentes. Portugal aparece destacado, por agora, em três deles.

Gamma-Rapho via Getty Images

Capelinhos: a erupção de 27 de setembro de 1957 que durou 13 meses

O vulcão dos Capelinhos é reconhecido como um local de importância histórica para a Geologia: o pequeno vulcão submarino mudou para sempre a história da vulcanologia. Este vulcão na ilha do Faial, no arquipélago dos Açores, juntamente com a caldeira de Taburiente, na ilha de La Palma, nas Canárias, tiveram uma contribuição importante para o desenvolvimento da ciência que estuda os vulcões desde a primeira metade do século XIX até aos dias de hoje.

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“Foi a primeira erupção submarina, em todo o mundo, a ser totalmente monitorizado e adequadamente documentada ao longo de toda a sua atividade”, lê-se na publicação. Isso deveu-se ao facto de estar tão perto da costa e de ter despertado a curiosidade da comunidade científica internacional. “Estes estudos trouxeram conhecimentos novos e abriram uma nova página na compreensão dos vulcões submarinos.”

Museu das Trilobites

As gigantescas trilobites de Canelas

A paleontologia será, talvez, das áreas da Geologia mais próximas das pessoas. Os fósseis de conchas nas pedras calcárias da calçada ou nas rochas das praias, as marcas das pegadas de dinossauros e as ossadas dos lagartos gigantes que caminharam no planeta ou, até, os pequenos insetos e mamíferos presos em âmbar.

As trilobites encontrados na jazida de Canelas, em Arouca, são as maiores algumas vez encontradas. Estes fósseis forneceram informação essencial não só sobre o gigantismo nestes animais, mas também sobre a sua vida social e a interação com outros organismos que viveram no período Ordovícico. Estas trilobites gigantes foram descobertas em meados do século XIX e justificaram a criação do Geoparque de Arouca.

Discordância na praia do Telheiro, Algarve

André Cortesão/Wikimedia Commons

Ponta do Telheiro: a maior discordância da península Ibérica

Se conhece praias escarpadas, já terá reparado nas linhas mais ou menos horizontais, quebradas ou inclinadas, que marcam as rochas erodidas pela ação do mar e do vento. Estes estratos pertencem a momentos diferentes da história do planeta e são o alvo de estudo da estratigrafia, mais antiga das disciplinas da ciência da terra, que nos permite compreender a evolução biológica e geológica desde a origem da Terra até agora.

Na Ponta do Telheiro, e ao longo de uma parte da costa algarvia a oeste, há uma clara desconformidade que separa dois tipos de rochas (metamórficas e sedimentares) com mais de 120 milhões de anos de diferença. Esta discordância começou a ser estudada em 1887.

A camada de baixo tem xistos com origem em sedimentos marinhos do período Carbónico, com cerca de 320 milhões de anos. Foi consolidada, torcida graças à pressão e temperatura no interior da Terra e erodida quando ficou exposta à superfície. Na camada de cima, veem-se camadas de arenitos e argilas praticamente horizontais, resultantes da deposição de sedimentos dos rios do período Triásico, com cerca de 200 milhões de anos.

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