A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia alertou esta sexta-feira para a “falta de agentes” na divisão da PSP no aeroporto de Lisboa, considerado ser “um problema grave” devido aos imprevistos constantes, como ameaças de bomba e desordens a bordo.
A constante falta de agentes na Divisão de Segurança Aeroportuária num aeroporto internacional como o de Lisboa, alvo de imprevistos constantes, é um problema grave. Torna-se caótico gerir problemas como alertas para aterragens de emergência e desordens a bordo de aeronaves”, refere uma nota da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP).
O maior sindicato da Polícia de Segurança Pública avança também que os agentes deslocados para apoiar o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras no controlo de fronteira estão descontentes e sentem que “não são protegidos pela hierarquia nem reconhecidos pelos inspetores do SEF.
No início do mês, o ministro da Administração Interna indicou que os 168 agentes da PSP que durante os meses de verão reforçaram os aeroportos portugueses vão continuar a apoiar o SEF no controlo de passageiros até ao final do ano.
Segundo a ASPP, os polícias em reforço no SEF “estão cada vez mais descontentes em fazer aquele serviço” e “consideram-se mão-de-obra barata”.
Aquele sindicato da PSP sublinha que os agentes “estão dispostos a avançar para ações de protesto caso o Governo não olhe para os profissionais da PSP, do mesmo modo que olha para os inspetores do SEF”.
A ASPP alega também que os polícias envolvidos no plano de contingência não estão a ser ouvidos neste processo.
A ASPP salienta ainda que as esquadras que cederam agentes para o controlo de fronteiras em conjunto com o SEF “continuam sem receber reforço de profissionais”.