Pelo menos 156 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas após serem esmagadas por uma grande multidão que avançou numa rua estreita durante as festividades do Halloween na capital da Coreia do Sul, Seul, disseram autoridades locais, citadas pela BBC.

Vídeos no local mostram vários corpos nas ruas, assim como serviços de emergência a realizar manobras de reanimação, enquanto as equipas de resgate tentam libertar pessoas do meio da multidão.

Cerca de 50 pessoas foram ainda assistidas após entrarem em paragem cardíaca. O governo de Seul informou este domingo que recebeu notificações de pessoas que se queixam de não saber do paradeiro de familiares, num total de 4.000, mas há ainda dezenas de pessoas no hospital pelo que não é possível ter já um número fechado das vítimas mortais.

Choi Cheon-sik, um funcionário da Agência Nacional de Bombeiros, disse que cerca de 100 pessoas ficaram feridas durante o aumento da multidão na noite deste sábado, no distrito de lazer de Itaewon, e que cerca de 50 estavam a ser tratadas por paragem cardíaca, a partir do início do domingo (ainda sábado em Lisboa).

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Segundo Choi, as pessoas terão sido esmagadas depois de uma grande multidão ter começado a avançar num beco estreito perto do Hotel Hamilton, um importante local de festa em Seul.

Adicionalmente, mais de 400 trabalhadores de emergência de todo o país, incluindo praticamente todo o pessoal disponível em Seul, foram destacados para as ruas para tratar os feridos. As autoridades não indicaram de imediato o número de mortos.

Vídeos que circulam nos meios de comunicação social mostram vários socorristas a realizarem reanimação cardiorrespiratória (RCP) em várias pessoas deitadas ao longo das ruas.

A polícia também confirmou que dezenas de pessoas estavam a ser reanimadas nas ruas de Itaewon, enquanto muitas outras foram levadas para hospitais próximos.

Um agente da polícia local disse que também foi informado de que ocorreu uma debandada nas ruas de Itaewon onde uma multidão se reuniu para as festividades de Halloween. O agente pediu anonimato, dizendo que os detalhes do incidente ainda estavam a ser investigados.

Algumas reportagens dos meios de comunicação locais disseram anteriormente que o esmagamento aconteceu após um grande número de pessoas ter corrido para um bar de Itaewon, depois de ouvir que uma celebridade não identificada visitava o local.

O Presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, emitiu uma declaração apelando aos funcionários para assegurarem um tratamento rápido aos feridos e reverem a segurança dos locais de festividade. Nesta segunda-feira, colocou flores no monumento em memória às vitimas.

Também instruiu o Ministério da Saúde para enviar rapidamente equipas de assistência médica em caso de catástrofe e garantir camas no hospital próximo para tratar os feridos.

Marcelo e Costa enviam condolências, Santos Silva “profundamente consternado”

Num comunicado publicado no site da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa diz ter endereçado as condolências ao Presidente da Coreia do Sul perante a “terrível tragédia”.

Ao tomar conhecimento da terrível tragédia ocorrida em Seul, o Presidente da República apresentou as suas sentidas condolências e uma palavra de reconforto e solidariedade às famílias das vítimas, em mensagem enviada ao Presidente da Coreia”, lê-se na nota.

Este domingo, foi o primeiro-ministro, António Costa, a expressar solidariedade com a Coreia do Sul, num incidente que apelidou como “trágico”.

Também o presidente da Assembleia da República manifestou-se este sábado “profundamente consternado” com a tragédia. Numa mensagem que escreveu na rede social Twitter, Augusto Santos Silva manifestou “toda a solidariedade ao povo coreano e às famílias enlutadas”.