O número de mortos por atentados com carros-bomba na capital da Somália, Mogadíscio, subiu para 120, sendo que o valor pode aumentar já que algumas pessoas ainda estão desaparecidas, disse esta segunda-feira o ministro da Saúde.

Ali Haji afirmou que, para além do número de mortos, mais de 320 pessoas ficaram feridas nas explosões que ocorreram num cruzamento movimentado em Mogadíscio, e mais de 150 delas ainda estão a ser tratadas em hospitais.

O ataque de sábado, com dois carros-bomba, perto de edifícios-chave do Governo, foi reivindicado pelo grupo extremista Al-Shebab, que afirmou ter como alvo o ministério da educação, acusando a instituição de afastar a juventude do Islão.

Este foi considerado o ataque mais mortal da Somália desde que um atentado com um camião-bomba no mesmo local matou mais de 500 pessoas há cinco anos, perpetrado pelo mesmo grupo de rebeldes Al-Shebab, uma filial da Al-Qaeda.

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Ainda não foi esclarecido como é que veículos carregados com explosivos conseguiram passar por uma cidade cheia de postos de controlo e constantemente em alerta para ataques.

O Governo da Somália, sob o recém-eleito Presidente Hassan Sheikh Mohamud, tem estado envolvido numa nova ofensiva contra o al-Shebab, incluindo esforços para fechar a sua rede financeira. O governo afirmou que a luta vai continuar.

Em comunicado, Moussa Faki Mahamat, presidente da Comissão da União Africana, reiterou, no domingo, o apelo à comunidade internacional para que redobre o seu empenho para “garantir um sólido apoio às instituições da Somália na luta para derrotar os grupos terroristas” e reafirmou “a contínua determinação” da União Africana em “apoiar o Governo e o povo somalis nos esforços para alcançar uma paz e uma segurança sustentáveis”.