O alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Filippo Grandi, pediu esta segunda-feira aos líderes mundiais que não esqueçam as pessoas deslocadas nas discussões sobre a crise climática que ocorrerão durante a COP27 no Egito.

O líder do ACNUR lembrou que 70% dos refugiados vêm de países mais vulneráveis às mudanças climáticas, como o Afeganistão, a República Democrática do Congo, a Síria ou o Iémen.

Grandi alertou que os refugiados (pessoas que fogem dos seus países) e as pessoas deslocadas (que fogem de suas casas para outras regiões dos seus países) são, “com muita frequência”, excluídas dessas negociações, sublinhando a necessidade de financiamento adicional para alguns países lidarem com as perdas e danos causados pelas mudanças climáticas.

A Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climática de 2022 (COP27) “deve habilitar os países e comunidades que estão na linha da frente da crise climática para fenómenos climáticos específicos”, recomendou o alto-comissário.

A COP27 começou no domingo em Sharm el-Sheikh (Egito), meses depois de uma série de catástrofes climáticas que levaram quase um milhão de pessoas a tornarem-se deslocadas na Somália e originaram mais de três milhões de refugiados no Sahel, uma região africana que se estende da Mauritânia à Etiópia.

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