O Twitter, a rede social que agora é controlada por Elon Musk, terá decidido suspender de forma temporária o acesso ao serviço Twitter Blue. Para aumentar as subscrições deste serviço, uma das primeiras decisões de Musk foi a de instituir que, mediante o pagamento de uma mensalidade de 8 dólares, qualquer pessoa poderia ter acesso a uma conta verificada.
De acordo com a imprensa norte-americana, a empresa terá decidido suspender as adesões ao Twitter Blue, depois de alguns utilizadores se terem feito passar por outras pessoas. O chamado “visto azul” é aquilo que permite a qualquer utilizador distinguir se se trata de uma conta oficial ou não. A partir do momento em que qualquer pessoa possa pagar para ter acesso ao visto, tornou-se difícil distinguir as contas falsas e de paródia das contas legítimas. Durante algumas horas, o Twitter ainda adicionou um novo botão, com um selo e a indicação de conta oficial. A funcionalidade durou cerca de três horas, com Elon Musk a assumir que mudou de ideias.
Segundo a CNBC, os utilizadores da aplicação do Twitter no sistema operativo da Apple já não estarão a conseguir aderir ao Twitter Blue. A opção terá mesmo desaparecido da aplicação em iOS.
A possível suspensão será aparentemente uma forma de o Twitter conseguir desfazer os contratempos com contas que se estão a fazer passar por marcas ou por figuras públicas. Um dos exemplos mais claros dos problemas de toda a gente poder ter uma conta verificada pagando a subscrição é o de um utilizador que se fez passar por George W. Bush. “Tenho saudades de matar iraquianos”, era possível ler numa conta de alguém que se fazia passar pelo antigo Presidente norte-americano.
Entre as marcas, uma conta com selo azul fez-se passar pela farmacêutica Eli Lilly and Company, numa publicação que dizia que a suposta empresa estava “entusiasmada por anunciar que a insulina agora é grátis”.
O serviço Twitter Blue só estava disponível em mercados como Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e Reino Unido.