Se querem soluções para o calor, avancemos com soluções para o calor. Numa primeira instância, o Estádio Al Thumama (que poderia nem ter esse nome) chegou a ser equacionado como o possível primeiro recinto subterrâneo de futebol do mundo. A FIFA não acharia grande piada, a organização deixou cair a “piada” e assim nasceu um dos palcos que melhor retrata a vontade do Qatar em apresentar projetos que sejam tudo menos um elefante branco após o Mundial perante as várias soluções de sustentabilidade.

Funcionando como uma espécie de primeiro cartão de visita para aquilo que será o Mundial no país, ou não estivesse tão perto daquele que é o maior aeroporto de Doha e fosse um dos edifícios que mais se destacam no horizonte quando se está a aterrar, o Estádio Al Thumama (nome de uma árvore nativa da região) virou um polo de interesse e inovação a vários níveis, o mais visível de todos com o revestimento branco ao longo do recinto que é uma homenagem ao gahfiya, o chapéu que os adolescentes utilizam quando estão já a caminho da idade adulta e que funciona como marco de independência. Em paralelo, entre outros pormenores, o estádio utiliza uma tecnologia de refrigeração que vem das próprias bancadas e pode colocar a temperatura a 18/20º e tem um sistema de reutilização de água que chega ao enorme parque à sua volta.

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Em paralelo, e à semelhança do que acontece com outros estádios, o projeto pós-Mundial está também desenhado: metade dos 40.000 lugares de lotação serão cedidos a outros países que necessitem e o recinto será readaptado às necessidades de quem vive em seu redor, com a construção de um hotel, um centro comercial, uma clínica e até uma mesquita quando terminar o futebol e a zona que fica muito próxima do centro de Doha. Para já, o projeto terá custado 332 milhões de euros (fora as acessibilidades).

https://twitter.com/WC_4K/status/1592181206359355393

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