“O lado russo é o culpado por todo o confronto de ontem.” Mesmo na posse de novas informações, Andrzej Duda, Presidente polaco, não deixa de culpar a Rússia pelo acidente que matou dois cidadãos polacos, depois de um míssil ter atingido Przewodów, vila polaca, situada na fronteira com a Ucrânia. No entanto, o caminho apontado pela investigação é suficiente para não ativar o artigo 4.º da Aliança Atlântica que prevê a consulta formal entre todos os Estados-membros quando um deles se sente ameaçado por outro país.
As novas informações são de que o projétil será ucraniano e não russo, como se pensou inicialmente. Apesar disso, a lógica que segue o chefe de Estado da Polónia é semelhante à seguida pelo secretário-geral da NATO: se não houvesse uma guerra ilegal iniciada pela Rússia, a Ucrânia não teria de defender o seu espaço aéreo e os detritos não cairiam num estado membro da Aliança Atlântica.
Jens Stoltenberg: “Não há quaisquer provas” de que a Rússia vá atacar países da NATO
“Não há indicação de que este tenha sido um ataque intencional à Polónia. Muito provavelmente, foi um foguete S-300 de fabricação russa. Não temos provas de que tenha sido um míssil disparado pelo lado russo”, afirmou o Presidente polaco, dizendo que o mais provável é ter-se tratado de um “infeliz incidente”, segundo a imprensa polaca.
Prezydent @AndrzejDuda: Nic nie wskazuje na to, że był to intencjonalny atak na Polskę. Najprawdopodobniej była to rakieta produkcji rosyjskiej typu S-300. Nie mamy w tej chwili dowód na to, że była to rakieta wystrzelona przez stronę rosyjską. [1/2]
????@BBN_PL
— Kancelaria Prezydenta (@prezydentpl) November 16, 2022
Em conferência de imprensa, Duda explicou que há uma grande probabilidade de o míssil pertencer ao sistema de defesa aéreo da Ucrânia, tendo caído em território polaco quando tentava abater um míssil russo. “Não foi uma grande explosão, mas ainda assim foi uma explosão.”
Duda acrescentou que há indícios de que o míssil não explodiu, “simplesmente caiu no chão, talvez tenha havido uma explosão de combustível”.
Na sua declaração, o Presidente polaco — que frisou estar em contacto constante com os aliados — pediu ainda aos habitantes do Leste do país que não se preocupem com o aumento da presença de forças militares nessa região. “Tomamos essa decisão intencionalmente. Por favor, permaneçam calmos: a nossa segurança está garantida.”