O Mundial do Qatar tem servido de pretexto para milhares de adeptos viajaram até ao Médio Oriente para participar naquela que é a maior festa do desporto-rei. No entanto, por entre os vários momentos de celebração e apoio às suas seleções nacionais, os visitantes têm-se deparado com um grande problema logístico: a falta de locais para o consumo de bebidas, visto que a venda de álcool é proibida por razões religiosas naquele país muçulmano.
Como forma de ajudar os mais obstinados, um adepto norte-americano criou através do Google Maps um “mapa da cerveja”, detalhando todos os pontos de venda de bebida no Qatar
Ed Ball, um engenheiro aeroespacial e adepto da seleção dos Estados Unidos, disse ao Yahoo Sports que o mapa, no qual estimou ter trabalhado durante cerca de 100 horas ao longo de vários meses, começou por ser apenas “algo útil só para mim”.
Certo é que várias outras pessoas viram utilidade no projeto que começou a ganhar tração, tendo até agora sido visto por mais de 500 mil pessoas desde que foi lançado publicamente há apenas 6 dias.
As dores de cabeça da Budweiser para vender cerveja no Qatar
A comercialização de cerveja tem sido tema quente no Qatar, um país com várias restrições relativas à religião muçulmana. O assunto torna-se ainda mais complicado uma vez que a marca de cerveja norte-americana Budweiser é uma das maiores patrocinadoras da FIFA, tendo investido cerca de 75 milhões de dólares (cerca de 72 milhões de euros no câmbio atual) para patrocinar o Campeonato do Mundo.
Inicialmente estava previsto que a marca pudesse vender a sua cerveja nos estádios, com cada litro de cerveja a custar cerca de 13 euros. O plano, no entanto, sofreu um revés de última hora quando a FIFA proibiu a comercialização dentro dos recintos desportivos (que ficaram limitados à venda de alternativas não-alcoólicas), concentrando a venda em fan zones designadas e estabelecimentos autorizados.
FIFA recua na decisão de permitir venda de cerveja nos estádios
Nos Estados Unidos já se especula que a Budweiser possa avançar com ação legal contra a FIFA por quebra de contrato. Pela sua parte, a empresa anunciou que irá oferecer o seu stock excedente ao país vencedor do Mundial. Quanto aos adeptos, terão de se contentar com o “mapa da cerveja” para matar a sede.