O secretário de Estado norte-americano assegurou esta quarta-feira que os Estados Unidos não procuram um conflito com a China, apenas querem ter uma “visão clara” sobre os desafios colocados por aquele país.

“Deixem-me ser bastante claro, como já dissemos repetidamente: nós não procuramos um conflito com a China. Pelo contrário, queremos evitá-lo. Não queremos uma nova Guerra Fria, não procuramos dissociar as nossas economias. Estamos apenas a procurar ter uma visão clara em relação a alguns desafios que a China coloca, e em certificar-nos de que, ao abordar esses desafios, estamos a fazê-lo com outros. Tudo o que ouvi neste reforça a convergência nesse ponto”, declarou Antony Blinken.

O chefe da diplomacia dos Estados Unidos da América falava, em conferência de imprensa, após a reunião do Conselho do Atlântico Norte que juntou os ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO no Palácio do Parlamento, em Bucareste, e que termina esta quarta-feira.

“O que tenho visto, não apenas na NATO mas também na União Europeia e noutras partes do mundo, é uma convergência crescente na abordagem aos desafios colocados pela China”, acrescentou.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O governante norte-americano reconheceu a “complexidade” da relação com a China mas salientou o facto de existirem áreas nas quais é importante “encontrar formas de cooperar”, como clima ou a saúde global.

Antony Blinken lembrou que o Conceito Estratégico aprovado na cimeira de Madrid, em junho, refere pela primeira vez a China.

Nesse documento, a NATO declarou a Rússia como a principal ameaça à segurança euro-atlântica e incluiu as preocupações com a China, referindo que Pequim “declarou ambições e políticas coercivas”, desafiando os “interesses, segurança e valores” dos aliados.