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O fundador do Grupo Wagner e aliado do Presidente russo, Yevgeny Prigozhin, confirmou que o estudante da Zâmbia que morreu na Ucrânia estava a lutar junto dos mercenários.

Lemekhani Nathan Nyirenda, de 23 anos, devia estar a cumprir uma pena de nove anos e seis meses numa prisão perto de Moscovo, mas foi morto a 22 de setembro na linha da frente da guerra. A Zâmbia exigiu à Rússia uma explicação sobre o caso e Prigozhin, que tem recrutado prisioneiros na Rússia, quebrou finalmente o silêncio, admitindo que o jovem foi recrutado pelo Grupo Wagner.

Estudante zambiano preso na Rússia morto em ação na Ucrânia. Zâmbia exige explicações

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“Sim, lembro-me bem dele. Falei com ele na região de Tver”, afirmou, citado pelo The Moscow Times. O oligarca disse ter tentado demovê-lo de se juntar ao esforço de guerra russo, mas o jovem decidiu, por vontade própria, combater na Ucrânia, elogiando a Rússia por “ajudar os africanos a ganhar a sua independência”.

Perguntei-lhe: ‘Porque precisas desta guerra?’ Num par de anos vais poder sair à frente do teu tempo, em breve vais poder estar em casa e ver a tua família”.

O jovem não voltou a casa, mas, segundo Prigozhin, foi um dos primeiros homens a invadir as trincheira inimigas e “morreu um herói”.

Segundo o The Telegraph, Lemekhani Nathan Nyirenda foi em 2018 aceite no Instituto de Física e Engenharia de Moscovo. Dois anos depois foi detido por posse de droga, depois de ter sido parado pela polícia enquanto trabalhava em partime num serviço de entregas. É um dos prisioneiros russos recrutados pelo oligarca russo para reforçar as tropas na frente de guerra na Ucrânia.

“Chefe de Putin” e líder do grupo Wagner recruta prisioneiros para lutar na Ucrânia. E responde a quem não gosta: “Mandem os vossos filhos”

Prigozhin é acusado pela Ucrânia de enviar para a frente milhares de combatentes, recrutados diretamente nas prisões russas em troca da promessa de um salário e de uma amnistia.