As albufeiras estão a 65% da capacidade a nível nacional. De acordo com o mais recente boletim da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), o volume de água armazenado aumentou 3,5% entre 5 e 12 de dezembro face à semana anterior. Os números partilhados pela APA não incluem ainda as fortes chuvas desta terça-feira, mas incluem o “comboio de tempestades” sentido na passada semana.

De um total de 79 albufeiras, o nível mais elevado regista-se no Norte, mais especificamente no Douro (89% do volume total armazenado). No Sul o nível das albufeiras é inferior, sendo a zona do Barlavento algarvio a mais crítica (9,7% do volume total armazenado), seguida do Alentejo (com 30,9%).

Em algumas albufeiras da região Norte, a “percentagem média de enchimento face à média do mês de dezembro” excedia os 90%. De acordo com os dados da APA, o nível mais elevado de enchimento regista-se em Serra Serrada (102%), Pocinho (98%), Régua (97%) e Carrapatelo (97%).

Contactada pelo Observador acerca do impacto das chuvas sentidas esta terça-feira no nível das barragens, a geógrafa Maria José Roxo explicou que “temos água”, mas é uma “água que está carregada de materiais” que podem não ser bons para as barragens. “O que nós estamos a ver em todas as imagens é a enorme quantidade de água nos rios, mas com uma cor altamente barrenta, cor de barro, e isso é muito notório”, acrescentou.

Desta forma, a água vai permitir que as barragens subam de nível e “armazenem mais água que estávamos há muito necessitados” devido à seca, mas também vai trazer “muitos materiais”.

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