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O inverno instalou-se e na Rússia debate-se a possibilidade de avançar com uma nova ofensiva no território ucraniano durante os próximos meses. Em entrevista ao New York Times, um oficial do Departamento de Estado norte-americano revelou que existe um debate interno nos principais círculos da política de guerra russa sobre o início de uma nova ofensiva ainda no inverno.
A mesma fonte indica que os oficiais russos estão divididos e, enquanto alguns pressionam o avanço da ofensiva, outros mostram-se mais cautelosos, questionando se a Rússia tem capacidades para a levar em frente.
O oficial, que falou ao New York Times sob a condição de anonimato, disse ainda que por agora não é claro qual será o rumo que a Rússia vai decidir seguir.
Os principais líderes militares e políticos da Ucrânia têm alertada para a possibilidade de a Rússia estar a preparar-se para uma escalada do conflito nos próximos messes de inverno.
Numa entrevista recente ao The Guardian, o ministro da Defesa ucraniano revelou que estão a emergir provas de que Moscovo está a preparar uma ofensiva mais ampla no início do próximo ano. Segundo Oleksii Reznikov, a Rússia já colocou no terreno metade dos 300.000 homens convocados na mobilização parcial e os restantes deverão chegar ao terreno em fevereiro, com um treino mais sofisticado.
Ucrânia alerta que Rússia está a preparar grande ofensiva no início do ano
À semelhança de Reznikov, o general Valery Zaluzhny, líder das Forças Armadas da Ucrânia, antecipou,uma ofensiva no início de 2023. “A mobilização russa funcionou. Eles estão 100% preparados”, avisou, prevendo que as operações comecem já em fevereiro, “no melhor dos cenários em março e no pior em janeiro”. Já Mykhailo Podolyak, conselheiro do Presidente ucraniano, indicou que a Rússia está a desenvolver planos para um ataque de infantaria em larga escala, usando táticas usadas pela União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial.
Na linha da frente prosseguem combates intensos na região do Donbass, no leste da Ucrânia. A cidade de Bakhmut (Donetsk), em particular, é o ponto mais intenso do conflito, com mais de 1300 quilómetros de combates ativos, segundo as autoridades ucranianas. Em paralelo, a Rússia têm bombardeado infraestruturas civis em várias regiões do país, deixando milhões de ucranianos sem água, eletricidade e aquecimento.