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No início de janeiro, as autoridades russas vão fechar as fronteiras aos homens, será declarada a lei marcial e começará uma nova vaga de mobilização. Está é a previsão que o ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, deixa sobre as primeiras semanas que se viverá na Rússia em 2023.
Numa mensagem divulgada na véspera do Ano Novo, e dirigida aos cidadãos russos elegíveis para o serviço militar, Reznikov alertou que os russos têm apenas cerca de uma semana em que “ainda lhes resta uma escolha”.
“Hoje estão a pensar sobre como vão decorar uma mesa festiva e a fazer planos para o futuro, mas com o toque do relógio podem não ouvir quando os oficiais militares baterem à vossa porta”, afirmou Reznikov num vídeo partilhado pela agência bielorrússia Nexta.
In early January, borders will be closed in #Russia, martial law will be declared and a new wave of mobilization will begin, – Reznikov.
The Minister of Defense of #Ukraine called on the Russians to avoid mobilization at all costs in order to save their lives. pic.twitter.com/x3OXIeK8Y1
— NEXTA (@nexta_tv) December 30, 2022
O ministro ucraniano refere que a nova mobilização vai afetar particularmente as cidades, uma vez que a Rússia já convocou um grande número de cidadãos nas regiões do interior.
“Não peço que confiem nas minhas palavras, mas quero que se perguntem uma simples questão e que respondam com honestidade: quando forem para a guerra, onde podem morrer ou ficar com mazelas para o resto da vida, porque motivos vão estar a lutar?”, questionou.
As declarações de Reznikov foram apoiadas pelo líder dos serviços secretos, que em entrevista à BBC afirmou que a nova mobilização russa terá início a partir do dia 5 de janeiro para reforçar as tropas na Ucrânia. “Não sei especificamente se a irão anunciar nesse dia, mas é nesse dia que planeiam avançar com a medida“.
“[A Rússia] vai ter de começar uma nova vaga de mobilização, mesmo considerando que a anterior mobilização – que alegadamente acabou – não parou e as pessoas estão a ser convocadas a todo o vapor”, afirmou Kirill Budanov.
Em setembro, a “mobilização militar parcial” foi anunciada pelo Presidente Vladimir Putin, convocando milhares de russos para combater na linha da frente na Ucrânia. As horas que se seguiram foram marcadas por protestos e nas semanas seguintes multiplicaram-se fotografias de filas de russos nos aeroportos e do elevado trânsito nas fronteiras da Rússia com os países vizinhos.
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A Rússia anunciou que o processo já chegou ao fim e, apesar das dúvidas das autoridades ucranianas, garantem que não estão a planear uma nova mobilização.
Na semana passada o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, revelou que foram recrutados 300.000 homens na reserva durante os meses de setembro e outubro. A esse número ter-se-ão juntado ainda “20.000 voluntários”.
Segundo o Kremlin, 150 mil militares já foram enviados para zonas de combate e a outra metade ainda está em formação e será posteriormente enviada para combater.