Em pleno século XXI, o cérebro continua a ser um dos maiores mistérios da ciência. Contudo, é também o cérebro que nos permite continuar a estudar, com a ajuda da inteligência artificial, esses mesmos mistérios que fazem parte da complexa existência humana.
São várias as pesquisas e teorias de neurocientistas, psicólogos e outros especialistas que tentam responder a questões primárias: como são armazenadas e recuperadas as memórias? Como funciona a consciência humana? Ou no caso dos assassinos em série: como funcionam as suas mentes criminosas?
Grande parte das respostas continuam a ser um mistério, mas através da psicologia forense, é possível reconhecer sinais que podem levar à identificação e análise de perfis, como fazem os especialistas do FBI.
Reconhecer uma mente criminosa
A televisão e o cinema sempre serviram de inspiração para a vida real e vice-versa, mas se estivesse sentado à mesa com 20 pessoas, será que conseguia descobrir se alguma delas tinha uma mente criminosa?
Muitos de nós, possivelmente, já fantasiámos autênticos policiais na nossa cabeça, e outras tantas vezes recorremos ao que aprendemos nas séries para “desvendar” mistérios da vida real. Alguns até se podem ter inspirado em séries como “Mentes Criminosas: Evolution” para decidir estudar psicologia forense, com o sonho de se tornarem parte da BAU – Behavioral Analysis Unit – Unidade de Análise Comportamental do FBI, nos EUA.
Reconhecer a mente de um assassino nunca é uma ciência exata, e por isso, a análise é sempre feita caso a caso, identificando padrões de comportamento e adaptando a cada perfil, sem generalizar. Por exemplo, o facto de alguém gostar muito de facas não significa que seja um assassino em série, pode simplesmente ser um reconhecido chef de sushi. Contudo, há certos sinais que servem de alerta para sabermos se estamos perante um psycho killer ou não.
O perfil de um assassino em série
Na identificação de perfis, a falta de empatia pelo sofrimento dos outros ou a incapacidade de arrependimento sincero podem ser red flags. Muitas vezes, estes sinais são conjugados com uma boa capacidade para manipular e mentir, ou por vezes, com algum tipo de transtorno mental ou uma tendência para sentir satisfação com a violência e crueldade.
As mudanças repentinas de humor sem motivo podem também ser um sinal, quando acompanhadas de agressividade e ódio desmedido a pessoas ou animais. Mas atenção: se sair de uma reunião com vontade de matar o seu chefe, não é caso para ficar preocupado. É importante perceber a diferença entre o que é um momento isolado em que podemos sentir-nos desequilibrados e uma característica de risco que nos pode levar a uma tendência maníaca.
Muitas vezes, os especialistas identificam estes perfis através de relatos ilusórios da realidade, por parte dos criminosos, ou uma autoperceção desajustada: considerarem-se uma entidade divina com uma existência superior à das pessoas, ou pelo contrário, minimizarem de tal modo a sua vida que acreditam serem dispensáveis para o mundo.
Por outro lado, no campo da neurologia e neurociência, também se defende que algumas deformações cerebrais podem influenciar estes desequilíbrios mentais.
A ideia é que existe uma predisposição biológica que serve como facilitador para intensificar certos tipos de comportamentos maníacos.
Estes são apenas alguns dos alertas que os especialistas usam para identificar perfis de assassinos, mas a regra de ouro é nunca dar nada por garantido porque o mundo muda todos os dias e o cérebro humano também, especialmente quando vivemos em contextos especiais como a COVID-19.
Foi precisamente entre a realidade da pandemia e o mundo da ficção que nasceu a 16ª temporada de Mentes Criminosas com o nome “Mentes Criminosas: Evolution”, com estreia marcada para dia 5 de Janeiro, às 22h50, no AXN, e novos assassinos em série para descobrir, a cada um dos 10 episódios desta nova temporada.
Apesar da série ter sido anunciada em 2020 como terminada, continuou a ser um dos conteúdos mais pedidos pelos fãs de histórias de crime e assassinos em série, acabando por regressar aos ecrãs com David Rossi, Penélope Garcia e Luke Alvez com uma missão: conseguir parar a mente criminosa altamente inteligente que utilizou o período de pandemia para construir uma das maiores redes de assassinos em série da história. À medida que o mundo começa a regressar à vida normal pós-pandemia, esta rede de serial killers entra em ação, tornando-se num dos piores pesadelos da equipa da BAU, que terá de descobrir, um a um, estes novos assassinos e as suas geniais mentes criminosas.
Se ainda se está a perguntar se tem uma mente criminosa ou não, faça o quiz e descubra já.