O diretor da CIA, Bill Burns, encontrou-se com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, um mês antes da invasão russa para o avisar das intenções do Kremlin relativamente à Ucrânia, bem como dos planos para assassinar o próprio Zelensky.

A revelação é feita no livro The Fight of His Life: Inside Joe Biden’s White House, que será publicado a 17 de janeiro nos Estados Unidos, e a que o Business Insider teve acesso.

De acordo com o site, o livro baseia-se em várias fontes dos serviços de informação norte-americanos, que dão conta de que a CIA tinha fortes indícios de que os russos planeavam matar Zelensky. “Burns foi para lhe dar um banho de realidade [a Zelensky]”, pode ler-se no livro. Isto porque, à altura, o Presidente ucraniano insistia em desvalorizar a acumulação de tropas russas na fronteira com a Ucrânia e os avisos de Washington de que uma invasão estaria para breve.

Ao partilhar “detalhes precisos dos planos russos” sobre as tentativas de assassínio, Zelensky terá finalmente prestado atenção, de acordo com o livro. “Ele foi apanhado de surpresa, a notícia trouxe-o de volta à realidade”, pode ler-se, segundo o Business Insider. A informação era tão precisa que terá ajudado as forças de segurança ucranianas a evitar dois ataques ao Presidente.

Para além disso, Burns partilhou com Zelensky informações sobre os planos do Kremlin para a invasão de larga escala do território ucraniano — em concreto a tentativa das tropas russas de tomarem o aeroporto Antonov, a norte de Kiev, para facilitar a conquista da capital.

O autor do livro em causa é Chris Whipple, analista e autor dos livros The Gatekeepers (sobre os chefes de gabinete da Casa Branca) e The Spymasters (que se baseia em entrevistas a diretores da CIA).

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