Estando em processo de compra pela Vodafone — que anunciou esta terça-feira que irá aumentar os preços a partir de 1 de março –, a Nowo desafia a sua futura dona ao não fazer ajustamentos nos tarifários em 2023.

Numa informação enviada ao Observador, a Nowo diz que “não irá efetuar um aumento de preços nos seus serviços de telecomunicações, seja para os seus clientes atuais ou para novos clientes, continuando a assumir o seu papel e compromisso em praticar os melhores preços, mesmo com um cenário de aumentos dos custos de energia”, acrescentando que “irá continuar a trabalhar no sentido de suportar estes aumentos, fortalecendo a sua estratégia de manter os preços dos seus serviços de telecomunicações competitivos e que acompanhe a realidade das famílias portuguesas.”

E faz este anúncio numa altura em que está em processo de venda à Vodafone. O negócio está sob análise na Autoridade da Concorrência que já recebeu um parecer (não vinculativo) crítico por parte do regulador setorial, a Anacom.

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Não estando ainda concluído o negócio que a Vodafone espera concluir no primeiro semestre de 2023, a Nowo desafia a sua compradora, reforçando a sua concorrência no mercado.

A Nowo presta o esclarecimento do que não vai aumentar preços no mesmo dia em que a Vodafone comunicou, no seu site, que irá fazer um ajustamento aos tarifários a 1 de março. “A Vodafone Portugal irá atualizar o preço dos serviços de telecomunicações prestados aos seus clientes a partir de 1 de março de 2023, com um aumento máximo de 7,8% no valor global da fatura, conforme os serviços subscritos e de acordo com os termos e condições previstos no respetivo contrato. A atualização foi calculada com referência à taxa de inflação, baseada no Índice de Preços no Consumidor referente ao ano 2022 e publicado em cada ano pelo Instituto Nacional de Estatística.”

A Vodafone tem sempre escondido a sua política de preços, mesmo depois da Meo anunciar no início do ano que iria fazer o ajustamento em fevereiro. Já a Nos, segundo o Público, indicou que iria aumentar os tarifários em fevereiro, dizendo ao jornal que a partir de 23 de janeiro os novos preços poderão ser consultados (ao Observador não revelou qualquer informação).

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