A Google vai despedir “aproximadamente” 12 mil funcionários. O número representa cerca de 6,4% da sua força de trabalho, segundo o Business Insider. O anúncio foi feito esta sexta-feira através de um email enviado por Sundar Pichai, CEO da Alphabet (proprietária da Google), aos trabalhadores. Na nota, Pichai assume “total responsabilidade pelas decisões” que levaram a empresa até este momento.

“Nos últimos dois anos, vimos períodos de crescimento dramático. Para acompanhar esse crescimento, contratámos para uma realidade económica diferente da que enfrentamos hoje”, lê-se no email, partilhado no blog da Google. “Confiante” no futuro, nomeadamente no “valor” dos “produtos e serviços” e nos “primeiros investimentos em Inteligência Artificial”, Sundar Pichai explica que para “capturar totalmente” essas oportunidades será necessário “fazer escolhas difíceis”.

Estes são momentos importantes para afunilarmos o nosso foco, redesenharmos a nossa base de custos e direcionar o nosso talento e capital para as prioridades”, disse o CEO da Alphabet.

Os despedimentos são globais e afetam a equipa dos EUA no imediato: “Já enviámos um email separado para os funcionários afetados nos Estados Unidos. Noutros países, esse processo demorará mais tempo devido às leis e práticas locais”.

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As equipas de engenharia e de produto, mas também as áreas de recrutamento e corporativa são algumas das afetadas, de acordo com a agência Reuters. No total, em setembro do ano passado, a Alphabet contava com mais de 186 mil funcionários.

Um artigo do jornal Expresso, que data de agosto do ano passado, dava conta de que a Google terá cerca de 600 trabalhadores em Portugal. O Observador contactou a tecnológica para perceber quantos desses funcionários serão afetados pelos despedimentos. A empresa não deu qualquer informação específica sobre Portugal, remetendo esclarecimentos para o email enviado por Sundar Pichai, que foi partilhado online.

A notícia dos despedimentos da Google surge depois de, já esta semana, a Microsoft ter confirmado que vão sair 10 mil pessoas da empresa.

Microsoft confirma despedimentos: vão sair 10 mil pessoas da empresa

A vaga de despedimentos nas grandes tecnológicas arrancou no ano passado, quando saíram trabalhadores de empresas como a Meta (11 mil pessoas) ou o Twitter (cerca de 3.500 pessoas). Neste primeiro mês de 2023, além da Microsoft e da Google, também a Amazon anunciou que iria diminuir a sua força de trabalho, ao despedir mais de 18 mil pessoas.

Amazon vai despedir mais de 18 mil pessoas, acima do que anunciou em novembro

Notícia atualizada às 12h10 com a menção de que a Google não avança com informações específicas para Portugal