A Força Aérea Portuguesa lançou em outubro um concurso para alugar 33 meios aéreos, incluindo helicópteros de combate a incêndios rurais, mas todos os concorrentes foram excluídos por apresentarem preços acima do limite máximo – alguns perto do dobro. De acordo com o jornal Público, o Governo compromete-se a lançar um novo concurso com “a maior brevidade possível”, mas faltam menos de quatro meses para a data prevista para a chegada dos primeiros meios aéreos.

Para os cinco lotes que foram a concurso, a Força Aérea tinha previsto gastar um máximo de 42,6 milhões de euros nos próximos três anos. Mas as melhores propostas apresentadas pelos diversos concorrentes implicavam uma despesa de 65,2 milhões, ou seja, mais 53% do que estava previsto.

As empresas dizem que existe uma pressão no número de aeronaves ligeiras que têm de alugar fora do país, obrigando a que se vá buscar meios aéreos a mais fornecedores e a valores mais elevados. Por outro lado, dizem, a conjuntura económica global levou a um aumento de preços generalizado, com o preço de venda de aparelhos novos a subir drasticamente. E há, também, o fator dos custos de financiamento, que tornam incomportável ir ao encontro dos valores propostos pelo Estado.

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