O número de desempregados inscritos no IEFP subiu pelo quinto mês consecutivo em dezembro, confirmam dados divulgados esta segunda-feira pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. Entre novembro e dezembro, o número de pessoas sem emprego aumentou em 10.282 (3,5%), para 307.005. É, por outro lado, uma diminuição de 11,8% em relação ao período homólogo.
O ministério destaca que as 307.005 pessoas desempregadas (inscritas no IEFP) em dezembro foi o mais baixo, nesse mês, nos últimos 30 anos – é uma queda de 11,8% face a dezembro de 2021. Também quando se compara com dezembro de 2019, ou seja, no período pré-pandemia, a redução é de 1,1% (-3.477 pessoas).
Porém, a tendência desde agosto é para um agravamento de mês para mês. Entre novembro e dezembro de 2022, há mais 10.282 pessoas desempregadas, um aumento de 3,5%.
O ministério também destaca que o desemprego jovem foi, em dezembro de 2022, o mais baixo, nesse mês, desde que há registo – com uma diminuição em cadeia de -1,6%. Em dezembro havia 32.426 jovens em situação de desemprego, menos 0,5% do que o valor de dezembro de 2019.
Já o desemprego de longa duração teve uma diminuição de 28,8% face a dezembro de 2021 (menos 49.351 pessoas). Estavam nesta situação, em dezembro, 121.723 pessoas, mais 0,3% do que em novembro de 2022.
Desempregados de longa duração vão poder acumular salário e 65% do subsídio
Casais com ambos os elementos desempregados recuam 10,6% em dezembro
O número de casais com ambos os elementos no desemprego caiu 10,6% em dezembro de 2022 em termos homólogos, para 4.879, tendo subido 3,4% em cadeia, informou o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
“Do total de desempregados casados ou em união de facto, 9.758 (8%) têm também registo de que o seu cônjuge está igualmente inscrito como desempregado no Serviço de Emprego, totalizando 4.879 casais desempregados, em dezembro de 2022, o que representa menos 10,6%, quando comparado com o período homólogo do ano anterior”, refere o IEFP na informação estatística divulgada, com dados relativos a Portugal continental.
Os casais nesta situação de duplo desemprego têm direito a uma majoração de 10% do valor da prestação de subsídio de desemprego, quando tenham dependentes a cargo.