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Foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) na manhã desta terça-feira, 24 de janeiro, o homem que terá ameaçado matar o Presidente da República, se não recebesse um milhão de euros. O suspeito tem antecedentes por crimes violentos e é um ex-oficial do Exército, avança a CNN. Será ouvido pelas autoridades nas próximas horas.

O suspeito foi detido pela prática dos crimes de coação agravada, extorsão na forma tentada e detenção de arma proibida, segundo uma nota do Ministério Público publicada no site da Polícia Judiciária.

O suspeito terá dirigido uma carta à Casa Civil a 26 de outubro do ano passado onde exigia o pagamento de um milhão de euros e um número de conta bancária para onde a transferência deveria ser feita. Avisava que, caso não recebesse o valor num curto espaço de tempo, Marcelo Rebelo de Sousa seria morto a tiro. Dentro do envelope seguia também uma bala.

Marcelo Rebelo de Sousa já reagiu, desvalorizando a carta que, entende, não configura uma “ameaça política”, mas antes um pedido de dinheiro. “Vim a saber mais tarde, mas não vi a carta, que pedia uma quantia avultada — que, alias, eu não teria 1 milhão de euros — e que dava um número de telefone e que dava uma conta bancária. Depois não acompanhei mais o processo porque entendi que era uma forma de ameaça muito sui generis”, relatou o chefe de Estado. “Desvalorizei”.

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O Presidente da Repúblico terá vivido um “período de maior intensidade” de ameaças entre 2017 e 2018, no período dos fogos. “Depois passou a ser um evento muito raro.”

As cartas foram remetidas para a Unidade Nacional Contra Terrorismo da PJ e passaram por uma peritagem no Laboratório de Polícia Científica. O primeiro organismo procedeu a uma investigação que permitiu chegar à identificação do suspeito.

A PJ conduziu aquilo que a CNN descreve como uma operação cirúrgica para chegar ao suspeito, que foi capturado com elevadas medidas de segurança, dados os seus antecedentes criminais, depois de ser localizado na sua residência, na grande Lisboa. Durante a busca, foram ainda apreendidos vários elementos de prova.

Marcelo recebe carta com ameaça e bala a exigir um milhão de euros em Belém. PR diz que “não há razão para alarme ou preocupação”