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O ex-comandante do Grupo Wagner que fugiu para a Noruega foi capturado pela polícia. Andrey Medvedev confirmou ao The Guardian que está sob custódia policial desde domingo, altura em que protagonizou “fortes desacatos” com as autoridades, relacionados com as condições do abrigo onde se encontrava desde que chegou ao país.

Brynjulf Risnes, advogado norueguês de Medvedev, disse ao mesmo jornal que o russo foi transferido temporariamente para um centro de detenções. “Vou tentar falar com a polícia e vamos obviamente encontrar uma solução”, disse. Ao Moscow Times, explicou que o mercenário se recusou a seguir as restrições de segurança que lhe foram impostas pelas autoridades norueguesas, levando à sua detenção.

Numa chamada telefónica com o The Guardian, Medvedev expressou receios de que pudesse ser deportado para a Rússia. No entanto, segundo a Euronews, a polícia norueguesa não confirmou qualquer plano para deportar o ex-comandante.

O grupo Gulagu.net, que luta pelos direitos dos prisioneiros russos, declarou à Euronews que, a ser deportado, Medvedev enfrentará um “assassinato brutal e morte” por ter afirmado que contaria tudo o que sabe sobre o Grupo Wagner.

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Em novembro do ano passado, um desertor do Grupo Wagner foi assassinado com  uma punição de golpes de marreta na cabeça por se ter rendido às tropas ucranianas. “Punição de um traidor” foi como a execução foi apresentada, num vídeo publicado pelo site russo Grey Zone no Telegram.

“Punição de um traidor.” Soldado russo é executado pelo Grupo Wagner com golpes de marreta na cabeça depois de se ter rendido aos ucranianos

A chegada de Medvedev à Noruega foi uma aventura atribulada que envolveu fugir de guardas, de cães e de tiros. Tudo começou por volta das duas da madrugada da passada sexta-feira, altura em que escalou duas vedações de arame farpado que protegem a fronteira de 197 quilómetros entre a Noruega e a Rússia. Os guardas russos tentaram seguir as suas pegadas na neve e soltaram cães na sua direção.

A atribulada fuga de um mercenário do grupo Wagner da Rússia para a Noruega – que sobreviveu para contar