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Um mercenário russo do grupo Wagner conseguiu escapar da Rússia para a Noruega, numa aventura atribulada que envolveu fugir de guardas e cães e ainda evitar tiros.

A história é contada pelo próprio ao Gulagu.net, a partir de um centro de detenção para migrantes em Oslo e citada pelo jornal britânico Telegraph. Andrei Medvedev afirma que tudo começou por volta das duas da madrugada de sexta-feira. A primeira parte da fuga envolveu a escalada de duas vedações com arame farpado, que protegem a fronteira de 197 quilómetros entre a Rússia e a Noruega. A seguir teve início uma corrida pelo rio congelado de Pasvik.

“Ouvi cães a ladrar atrás de mim, vi os holofotes a acender e tiros a serem disparados contra mim”, disse o antigo comandante de uma unidade do grupo Wagner. “Corri para a floresta”.

O fugitivo diz que os guardas russos na fronteira tentaram segui-lo pelas pegadas na neve, antes de soltarem os cães de caça. “Corri para as primeiras luzes de casas que consegui ver, talvez dois ou dois quilómetros e meio a seguir. Só corri, corri, corri, corri.”

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Medvedev disse ainda que tinha “medo de olhar para trás”. Quando alcançou a primeira casa terá implorado por ajuda.

Este mercenário esteve preso por pequenos delitos e furtos. Em julho, quando saiu da prisão, decidiu juntar-se ao grupo Wagner – tinha contrato por quatro meses, mas quando esse período terminou foi-lhe dito que teria de continuar. Ao Telegraph, conta que teve a ajuda de outros mercenários da sua unidade para conseguir fugir. “Estive em grande perigo”, contou. “Se me capturassem, matavam-me ou ainda pior.”

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