Um clássico no Dragão Arena entre FC Porto e Benfica a cair para os azuis e brancos, um outro clássico no Dragão Arena quatro dias depois entre FC Porto e Sporting que foi para os leões, um dérbi no Pavilhão João Rocha entre Sporting e Benfica depois da estreia na Liga dos Campeões a meio da semana. O calendário de hóquei em patins atravessa uma das fases mais importantes e competitivas da época e esse período, antes da chegada de nova ronda europeia na principal prova internacional de clubes, fechava agora com a liderança do Campeonato em jogo para ambos os conjuntos e até para os portistas, caso se registasse um empate e a seguir um triunfo frente ao HC Braga. Não sendo decisivo, era um encontro importante para começar a definir posições para as principais lutas no plano nacional que chegarão apenas na fase dos playoffs.

Nesta Arena manda o Dragão: FC Porto vence Benfica e assume liderança isolada do Campeonato

“Fomos à Luz na segunda jornada do Campeonato e defrontámos uma equipa que nos ganhou bem, que foi superior a nós. Desde aí até agora, evoluímos e temos um ADN bem definido. Temos a oportunidade de nos vingarmos com a presença dos nossos adeptos num grande clássico. Passarmos para a liderança da tabela não vale muito nesta altura mas não deixa de ser mais um feito na nossa trajetória. Quando defrontamos uma equipa com ferramentas coletivas e individuais como o Benfica, as falhas de concentração pagam-se muito caro. Vai ser um jogo de erros e não de acertos. Temos de cometer muito poucos erros se queremos vencer”, lançara Alejandro Domínguez, treinador argentino do Sporting que passou pelo Benfica dois anos e meio antes de fazer um ano sabático em 2021/22 e chegar este verão ao conjunto verde e branco.

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Romero fez hat-trick, Font também e o Sporting venceu o FC Porto com direito a reviravolta para subir ao 2.º lugar

“Vai ser um grande jogo, daqueles que todos gostam de jogar. Estes jogos são lindos. Será um jogo muito difícil. O Sporting também está em grande forma, com o moral muito alto por ter vencido no Dragão [frente ao FC Porto na última jornada do Campeonato]. Vai ser um jogo muito duro mas nós estamos muito bem. Temos de continuar como até aqui, muito fortes na defesa e tranquilos nos momentos ofensivos”, resumira Pablo Álvarez, avançado argentino do Benfica que foi o melhor (dois golos) no triunfo com os espanhóis do Calafell na Luz por 5-3 para a fase de grupos da regressada Liga dos Campeões com todas as equipas.

Da reviravolta à goleada: Benfica vence Sporting na Luz com segunda parte de luxo e lidera Campeonato

Era neste contexto que chegava o dérbi, com o Sporting a estabilizar após dois empates inesperados com Sp. Tomas e Murches e o Benfica a levar uma série de nove vitórias nos últimos dez jogos, tendo ainda a série de três vitórias seguidas com o rival entre o 5-1 da segunda jornada do Campeonato de 2022/23 e os triunfos na meia-final da última temporada que eliminaram os leões. E foram mesmo os encarnados a prolongarem esse momento em dérbis, vencendo de novo no João Rocha e reforçando o primeiro lugar do Campeonato.

O encontro, que não contou com Carlos Nicolía que foi o estrangeiro de fora por opção de Nuno Resende, começou equilibrado, com alguns remates com relativo perigo junto das balizas, mas teve depois a melhor versão de Pedro Henriques entre os postes, com o guarda-redes a travar livres diretos de Ferran Font (que foi depois repetido) e de Nolito Romero após cartão azul a Nil Roca (9′) e a fazer de seguida três intervenções fantásticas a travar o golo do Sporting em power play. Continuava tudo a zero, com os nervos a aumentarem por situações de protestos por sanções “poupadas” mas sem que as equipas perdessem o foco (embora Poka e Toni Pérez tinham visto azul na mesma jogada). Só perto do intervalo haveria golos, com Lucas Ordóñez a aproveitar uma recuperação perto da área para desviar um remate de Pablo Álvarez (23′).

Se o primeiro tempo tivera alguns tempos mais “mornos”, a segunda parte começou a todo os gás nos três minutos iniciais: Pablo Álvarez esteve muito próximo do segundo logo a abrir, Matías Platero fez de seguida o empate (27′), Álvarez teve de novo mais uma boa oportunidade, Ferran Font permitiu a Pedro Henriques a defesa num livre direto pela décima falta dos encarnados (28′). O jogo estava aberto, com mais espaço e a ter possibilidades de golo nos dois lados mas seriam de novo os encarnados a passarem para a frente no jogo com Gonçalo Pinto a concluir com uma grande stickada uma assistência de Roberto di Benedetto (35′). Se o dérbi estava interessante, a partir daí ainda mais ficou, com Diogo Rafael a aumentar de penálti (45′) depois de um livre direto falhado por Álvarez (42′). Pedro Henriques defendeu também mais um livre direto de Romero no último minuto e a vitória ficaria mesmo por 3-1 depois do 5-1 “aplicado” na Luz.