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Continua a aumentar o balanço oficial de mortos, feridos e desalojados na Turquia e na Síria na sequência do sismo que ocorreu na segunda-feira de madrugada. No terreno estão já diversas equipas de emergência e humanitárias, mas há também várias organizações a angariar ajuda a partir de Portugal, que apelam a donativos monetários (no caso da Cruz Vermelha, UNICEF e Cáritas) ou em géneros (no caso da embaixada turca em Lisboa).
A Cruz Vermelha Portuguesa, no seu site, pede que quem possa faça donativos monetários que podem ser enviados através de MBWay ou por transferência bancária. A ajuda será destinada a responder “às necessidades prementes das populações afetadas com água, saneamento, alimentos, assistência médica e abrigo”. A angariação de donativos monetários “é uma prioridade, porque permite dar resposta rápida e efetiva no terreno”. Neste momento, a Cruz Vermelha não está a aceitar donativos em espécie pelas dificuldades na receção, seleção, distribuição e armazenamento, assim como pela necessidade de assegurar que o que chega ao destino é o que é realmente “urgente no terreno”.
A UNICEF também apela a donativos monetários, tendo já aberto uma linha de ajuda para o efeito. Segundo a organização, com 55 euros será possível entregar um kit de primeiros socorros com medicamentos essenciais. “As necessidades mais urgentes prendem-se com o acesso a água potável e a saneamento básico, para evitar a proliferação de doenças entre os sobreviventes”, lê-se na página. A organização está também a “proteger as crianças desacompanhadas ou separadas das famílias e a aferir as necessidades ao nível da alimentação, de abrigos temporários e de kits médicos”.
Na CNN Portugal, Beatriz Imperatori, diretora-executiva da UNICEF em Portugal, explicou que a organização não está a receber donativos em género “por uma questão de eficácia”. “Se receber géneros não posso esquecer que vou ter de levá-los em segurança, distribui-los e triá-los. Tenho de ter a certeza que estou a entregar o que é preciso e o que entrego está em boas condições, disse.
A Cáritas Portuguesa também tem uma linha de apoio monetário para “garantir uma resposta rápida e em segurança para os sobreviventes e para os milhares de desalojados”.
A embaixada da Turquia em Lisboa, por sua vez, pede que quem possa entregue ajuda em géneros até 15 de fevereiro, indicando uma lista com produtos necessários:
- Roupa de Inverno (adultos e crianças): casacos, impermeáveis, botas, camisolas, calças, luvas, cachecóis, chapéus, gorros, meias, roupa interior;
- Outros materiais: tendas, camas, colchões (para tendas), mantas, sacos-cama, garrafas térmicas, lanternas;
- Caixas de comida: não perecíveis, comida enlatada;
- Leite em pó/fórmula;
- Produtos de higiene
- Fraldas.
Os materiais podem ser entregues na embaixada em Lisboa, mas há também ajuda a ser coordenada a partir do Porto. “É importante que os materiais sejam em primeira mão e adequados para condições de Inverno”, refere a emabixada. As doações serão enviadas para a Turquia através da Turkish Airlines.