O líder da IL, Rui Rocha, considerou esta sexta-feira que “continua a não haver clareza” por parte do presidente do PSD sobre entendimentos pós-eleitorais, reiterando que faltam respostas no sistema político português, mas que não são as dos liberais.

Rui Rocha reuniu-se esta tarde com a administração do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, tendo no final sido questionado pelos jornalistas sobre as declarações recentes do líder do PSD, Luís Montenegro, sobre a política de alianças pós-eleitorais.

“Eu quero ser claro no que diz respeito a essa resposta e, sendo claro, creio que continua a não haver clareza“, respondeu.

Sobre a relação do PSD com o Chega, o líder da IL recordou que “a posição da Iniciativa Liberal está clara” uma vez que recusou entrar em qualquer solução que envolva o partido de André Ventura.

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“Creio que faltam algumas respostas para clarificar o sistema político português, e essas respostas não cabem à Iniciativa Liberal. Quem as pode dar, neste momento, creio que ainda não as deu cabalmente, mas isso já não é uma preocupação que a Iniciativa Liberal deva ter relativamente ao tema”, disse.

Ventura, Rocha e Melo tentam crescer à custa de tabu de Montenegro

Para conseguir “um país completamente diferente”, acrescentou Rui Rocha, “há um conjunto de condições” das quais os liberais não abdicam.

“No que diz respeito à política de entendimentos, o que eu posso dizer é que, hoje em dia, face às posições assumidas ou não assumidas, a Iniciativa Liberal é hoje o único voto que permite afastar o PS do Governo e não permite que o Chega entre no Governo”, reiterou, deixando claro que “o parceiro possível neste momento é o PSD” para eventuais coligações pós-eleitorais.

Esta semana, em Gouveia, na Guarda, o presidente do PSD, Luís Montenegro, assegurou que não irá conversar com o presidente do Chega, André Ventura, sobre uma eventual alternativa de Governo à direita, alegando que a sua “coligação preferencial é com os portugueses”.

“Eu não entro nisso. Não vou fazer isso. E podem estar descansados todos os portugueses em casa. Estou a pensar nas vossas vidas. Não estou a pensar nem na vida do doutor António Costa nem na vida do doutor André Ventura”, vincou Luís Montenegro, quando questionado sobre se iria atender o telefone ou dialogar com André Ventura.