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O argumento não é novidade. O Presidente Vladimir Putin voltou a defender esta quinta-feira que não foi a Rússia, mas a Ucrânia, que deu origem às hostilidades. Lavando as mãos da responsabilidade na guerra, o líder russo disse que o país está a tentar pôr um fim ao conflito.

“Gostava de voltar a dizê-lo: ‘Nós não começámos as hostilidades e estamos a tentar pará-las. Estas hostilidades tiveram início com os ucranianos nacionalistas e os seus apoiantes em 2014, quando ocorreu um golpe. Foi assim que tudo começou e os eventos da Crimeia e do Donbass seguiram-se'”, afirmou Putin, citado pela agência russa TASS.

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O chefe de Estado apontou que Kiev começou em 2014 uma guerra contra o Donbass, violando todos os acordos e obrigações ao “bloquear” as regiões que o compõem. “Foi aí que a guerra começou. Durou oito anos e teve como objetivo o extermínio da população que lá vive e que se sente ligada à Rússia, à cultura e língua russa“, sublinhou durante uma reunião com representantes da indústria de aviação. “Por quanto tempo poderíamos ter continuado a tolerar isto?”, questionou.

Um dos argumentos usados pela Rússia para justificar a invasão da Ucrânia, a 24 de fevereiro do ano passado, foi a necessidade de proteger a região pró-Moscovo de Donbass, composta por Donetsk e Lugansk. Os dois territórios proclamaram a sua independência da Ucrânia em 2014, sendo formalmente reconhecidas pelo Kremlin como independentes três dias antes do início da guerra, uma violação aos acordos de Minsk assinados em 2015 para trazer paz à região.

O dia em que Vladimir Putin matou os Acordos de Minsk — e abriu a porta a uma possível guerra

Além dessa justificação, a Rússia também tem apontado os avanços da NATO e a necessidade de “desnazificar” a Ucrânia como as razões por trás da “operação militar especial”, termo oficialmente usado pelo Kremlin para se referir à invasão do território ucraniano.