Agora é oficial e tem selo real. As regras da passadeira vermelha mudaram. Kate, a princesa de Gales, confirmou na cerimónia de entrega dos BAFTA a tendência que Cate, a atriz, já vem tentando lançar há algum tempo. Reutilizar vestidos está na moda e recomenda-se. O evento mais importante da agenda do cinema britânico aconteceu este domingo e, como sempre, vencedores à parte, foram os looks das convidadas que deram que falar. Houve clássicos looks de vestido comprido, apostas surpreendentes que marcam o momento que se vive na moda e também algumas desilusões. No geral, podemos dizer que a moda dos BAFTA 2023 elevou a fasquia para os Óscares e já estamos em contagem decrescente.

Estamos em plena época alta de cerimónias de entrega de prémios e cada uma tenta distinguir-se e superar a anterior. No caso dos BAFTA, é o fator realeza que faz a diferença, do apoio à presença que acrescenta um brilho extra entre os convidados. Ao longo dos últimos anos a passadeira vermelha recheada de divas e estrelas emergentes abre alas para Kate Middleton. Enquanto duquesa de Cambridge cumpriu as regras e deslumbrou com glamourosos vestidos e joias impactantes, mas nos seus primeiros BAFTA como princesa de Gales decidiu surpreender como um vestido reciclado: uma criação de Alexander McQueen, que vimos pela primeira vez nos BAFTA de 2019, com cintura apertada, decote assimétrico e saia ampla, tudo num esvoaçante tecido branco é o encontro perfeito do que se espera de uma estrela e de uma princesa. Desta vez, nem só no penteado esteve a diferença, mas principalmente nos acessórios. A princesa trocou o guarda-joias real por uma novidade da Zara desta estação, um par de brincos com flores douradas em cascata, que está ao alcance por cerca de 16 euros. Acrescentemos ainda as luvas de ópera negras que cobriram todo o braço e acrescentaram algum dramatismo ao look. Vale a pena lembrar que em dezembro passado a princesa tinha brilhado na cerimónia Earthshot Prize com um vestido alugado.

Durante a cerimónia, Cate Blachett sagrou-se a grande vencedora da noite com o prémio de Melhor Atriz pela sua interpretação em “Tár”, mas já antes tinha conquistado a passadeira vermelha. O vestido negro em silhueta, da Maison Margiela, revelou-se um verdadeiro clássico e, tal como nos Óscares de 2015, voltou a vestir Blanchett de elegância nos BAFTA de 2023. Mudou-se o colar, mas manteve-se o cabelo apanhado e o carisma para mais um look em que a atriz não desilude.

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Julianne Moore, vestida por Saint Laurent, e a portuguesa Sara Sampaio personificaram o estilo glamour antigo com vestidos longos e negros. Mas o que não faltou nesta passadeira foi cor. Jodie Turner-Smith com o seu vestido Gucci lilás, com plumas brilhos e transparências, Florence Pugh com um vestido laranja, como uma exuberante escultura de tule, a estrear as criações de Harris Reed para Nina Ricci, Cynthia Erivo com vestido Louis Vuitton que a tornava numa estatueta em tom de cobre, e Sheila Atim com um vestido Prada prateado foram as mais arrojadas.

Lily James usou um vestido branco de Tamara Ralph em tudo escultural, mas nada surpreendente, bem como Carey Mulligan com o seu look Dior, e Ana de Armas como o seu vestido Louis Vuitton acetinado. Lashana Lynch e Ariana DeBose  usaram ambas vestidos Fendi Haute Couture, mas tanto a nova agente do MI6 como a vencedora caliente do novo “West Side Story” ficaram aquém das expetativas. Anya Taylor-Joy optou por uma criação arrojada da badalada maison Schiaparelli Haute Couture, mas não foi foi uma aposta vencedora. Importa ainda referir Emma Thompson e Michelle Yeoh optaram por fatos e deixam o alerta para uma possível tendência em movimento.

Veja os melhores looks dos BAFTA 2023 na galeria no topo deste artigo.

“A oeste nada de novo”, filme alemão da Netflix, foi o grande vencedor dos prémios BAFTA