As principais cadeias de supermercado no Reino Unido estão a racionar algumas frutas e vegetais, colocando limites à venda de produtos como tomates, pimentos, pepinos ou alfaces.

É o caso da Tesco, maior supermercado do Reino Unido, onde agora os clientes só podem comprar três embalagens de tomates, pimentos ou pepinos. Na Asda as regras são semelhantes, assim como nos espaços da cadeia Morrisons. A cadeia alemã Aldi também estabeleceu limites nas suas lojas no Reino Unido.

Mas porquê? A Asda e Morissons, entre as cinco maiores cadeias do Reino Unido, apontam o mau tempo nas principais regiões de cultivo como o principal fator de escassez de alimentos. Em causa, diz a CNN, estará o clima mais quente do que a média em Espanha e Marrocos no outono passado, aliado às ondas de frio das duas últimas semanas, que afetaram a produção dos alimentos.

O Reino Unido depende muito das importações de frutas e vegetais — importa 95% dos seus tomates e 90% das suas alfaces em dezembro, importando novamente a mesma quantidade em março. A cultura do tomate em Espanha desceu 20% face ao ano passado.

Para as prateleiras vazias contribui ainda a subida dos preços: os produtores britânicos de tomate de estufa, exemplifica a estação televisiva Sky News, não plantaram o fruto durante o inverno porque, ao precisarem de luz e calor, teriam de enfrentar os custos elevados da energia.

O custo da energia tem, no entanto, impacto global na indústria alimentar. O preço do gás natural, por exemplo, disparou com a guerra na Ucrânia, sendo este um constituinte fundamental para os fertilizantes à base de nitrogénio. Além disso, o armazenamento e a conservação dos alimentos também implica níveis elevados de energia, explica a CNN.

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