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Chama-se Tymofiy Shadura, fazia parte da 30ª brigada de exército ucraniano e estava desaparecido desde o dia 3 de fevereiro. E este deverá ser o homem que morreu depois de gritar “glória à Ucrânia”, à frente das forças de Moscovo.

O vídeo da morte foi divulgado esta segunda-feira, através do Telegram, pela Rússia, mas só esta terça-feira é que as forças ucranianas anunciaram a descoberta da identidade deste soldado. A brigada à qual este soldado pertencia revelou que Tymofiy Shadura foi visto pela última vez perto de Bakhmut — a cidade que tem sido palco dos combates mais intensos.

A 30.ª Brigada Mecanizada Separada disse que foi visto pela última vez perto da cidade oriental de Bakhmut, que tem sido palco de combates ferozes nos últimos meses. No Facebook, a forças armadas ucranianas revelaram que o corpo “está em território temporariamente ocupado”.

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“A confirmação final sobre a identidade será estabelecida depois de recebido o corpo e de terem sido feitos os exames necessários”, lê-se na publicação. E é também deixado um aviso: “A vingança será inevitável”.

Antes das forças ucranianas identificarem o soldado, a irmã, Olia, já o tinha reconhecido. “Ele certamente seria capaz de enfrentar os russos assim”, disse em entrevista à BBC.

Além da versão que identifica o soldado como Tymofiy Shadura, circula uma outra alternativa. O Kyiv Independent e o Kyiv Post escrevem que o jornalista ucraniano Yurii Butusov alegou que o homem no vídeo é na verdade Alexander Matsievsky, um militar de 42 anos que servia no 163.º batalhão da 119.º brigada da Defesa Territorial.

Numa publicação na conta de Facebook o jornalista disse ter falado com os companheiros e a mãe do militar, que o reconheceram no vídeo. Segundo Butusov, Matsievsky terá desaparecido no dia 30 de dezembro de 2022 perto da cidade de Bakhmut. O seu corpo terá sido devolvido à família na cidade de Nizhyn já em fevereiro deste ano.

No vídeo, divulgado na segunda-feira, o soldado aparece a fumar um cigarro e, depois de gritar a saudação nacional da Ucrânia, é atingido por vários tiros. As imagens, que foram partilhadas em vários grupos pró-Rússia, não escondem a brutalidade da morte imediata deste soldado ucraniano.

Na segunda-feira à noite, quando ainda não tinha sido anunciada a identidade deste soldados, Zelensky condenou as imagens partilhadas e prometeu “encontrar os assassinos”. “Hoje foi divulgado um vídeo dos invasores a assassinar brutalmente um guerreiro que corajosamente lhes disse na cara: ‘Glória à Ucrânia’”, começou por dizer Zelensky.

“Quero que todos respondamos em conjunto às suas palavras, em união: Glória ao herói, glória aos heróis, glória à Ucrânia”, disse no seu discurso habitual. “A Ucrânia não esquecerá os feitos de todos aqueles que deram a vida pela liberdade da Ucrânia, para sempre.”

Já Dmytro Kuleba disse que esta é mais uma prova de crime de guerra e de genocídio. E pediu ao Tribunal Penal Internacional a abertura de uma investigação. “É urgente que Karim Khan abra uma investigação”, disse esta segunda-feira.

Afinal, o que se passa em Bakhmut? A cidade em ruínas que a Ucrânia transformou numa nova Azovstal para esgotar os russos

divulgada identidade