A atual sede da Caixa Geral de Depósitos, em Lisboa, vai sofrer obras de beneficiação antes de ser entregue pelo banco público ao Estado – na forma de um “dividendo em espécie” a pagar pela Caixa. O Conselho de Ministros desta quinta-feira aprovou a realização da despesa associada a essas obras (até quase 5,5 milhões) e indicou que alguns dos imóveis atualmente ocupados pelo Governo, que serão esvaziados com a mudança do Governo para a Av. João XXI, poderão ser transformados em casas.
O comunicado do Conselho de Ministros não quantifica o valor dessa despesa prevista, mas, questionada pelo Observador, fonte oficial do Ministério da Presidência do Conselho de Ministros indicou que a resolução “aprovada autoriza a realização da despesa necessária à concretização das obras de beneficiação e adaptação do edifício-sede da Caixa Geral de Depósitos, em Lisboa, com vista à concentração física de entidades públicas neste edifício, até ao montante máximo de 5.443.089,43 euros.
A concentração de serviços e gabinetes num único espaço físico potencia sinergias, estimula a criação de redes de comunicação mais próximas, sedimenta o trabalho colaborativo e permite ganhos de eficiência na gestão dos imóveis utilizados pelo Estado”, pode ler-se no comunicado.
A estimativa feita pelo Governo é que, após a mudança, haverá uma poupança de cerca de 800 mil euros por ano, “em rendas atualmente pagas pelo Estado a privados, e cerca de 5 milhões de euros por ano em encargos com a gestão de serviços como segurança, manutenção, limpeza, jardinagem, fornecimento de energia elétrica e fornecimento de água”.
Por outro lado, “o facto de esses os imóveis públicos que serão desocupados – avaliados em cerca de 600 milhões de euros – poderão ser objeto de rentabilização”, diz o Conselho de Ministros, o que irá “contribuir para o objetivo de reforço da oferta habitacional”.