A Arquidiocese de Braga afastou preventivamente um padre, depois de ter recebido a informação de que entre os suspeitos de abusos sexuais da Igreja reportados no relatório final da Comissão Independente há oito nomes associados à diocese.

O suspeito em causa é um sacerdote e foi “afastado preventivamente do exercício público do ministério sacerdotal” após uma conversa com o arcebispo de Braga, D. José Cordeiro. Em comunicado, a diocese realçou que a decisão “não prejudica o princípio da presunção de inocência” e esclareceu que estão a ser aplicadas as “linhas orientadoras” da Igreja para estes casos.

A Arquidiocese de Braga debruçou-se sobre os outros nomes e revelou as conclusões: três sacerdotes suspeitos já morreram; um “não corresponde a nenhum sacerdote da Arquidiocese de Braga, nem se encontra nos arquivos da Arquidiocese qualquer referência a seu respeito”; há um sacerdote que foi alvo de processo civil e acabou absolvido e um outro não foi possível identificar até ao momento.

Nos esclarecimentos, a diocese em causa garantiu que irá levar a cabo uma investigação “aprofundada”, para a qual já foram pedidas mais informações à Comissão Independente, para perceber quem é o sacerdote que foi associado dado como sendo de Braga e que não se encontra “nos arquivos da Arquidiocese qualquer referência a seu respeito”.

Ainda sobre o sacerdote que foi “alvo de um processo canónico por abuso sexual de menores já concluído”, a diocese esclareceu que está em prática a “aplicação de medidas disciplinares em vigor”. “Se se verificar que os testemunhos recolhidos pela Comissão Independente configuram novos factos, será iniciado um novo procedimento canónico”, assegurou.

No comunicado, a Arquidiocese de Braga realçou ainda que reafirma o “compromisso em acolher e escutar as vítimas, tratando todos os casos com critérios inequívocos de transparência e justiça, contribuindo assim para a máxima reparação possível do mal sofrido”.

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