O líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, fez, este sábado, um anúncio inesperado. Num vídeo publicado na sua conta pessoal do Telegram, o chefe da milícia paramilitar revelou que estava politicamente a “sair do armário”.
“Tenho ambições políticas. Decidi que me vou candidatar ao cargo de Presidente em 2024. Ao cargo de Presidente da Ucrânia”, afirmou Yevgeny Prigozhin, citado pela agência Anadolu.
Nesse hipotético cenário de uma corrida eleitoral, Yevgeny Prigozhin disse que esperava competir contra o atual Presidente, Volodymyr Zelensky, e contra o antigo chefe de Estado ucraniano (e derrotado nas últimas eleições presidenciais de 2019), Petro Poroshenko.
“Se eu ganhar as eleições presidenciais da Ucrânia, então tudo estará resolvido, não serão precisos mais bombardeamentos”, assinalou o líder do grupo Wagner, numa alusão ao final da guerra.
Prigozhin said he wants to run for president of Ukraine in 2024
This statement is intended to divert attention from his political ambitions in Russia, where he dreams of coming to power and possibly being Putin's successors pic.twitter.com/sSGEXUUcDO
— Anton Gerashchenko (@Gerashchenko_en) March 11, 2023
No vídeo, Yevgeny Prigozhin referiu também que necessita de 10 mil toneladas de munições para fazer frente às tropas ucranianas que continuam a lutar.
Além disso, o líder de grupo Wagner rejeitou o cenário em que abandonaria o campo de batalha, se a Ucrânia lhe desse mais dinheiro do que a Rússia. “Não vou a lado nenhum.”
Yevgeny Prigozhin aproveitou, no entanto, para mandar uma farpa ao Ministério da Defesa da Rússia. “Quem é que levou o dinheiro quando fizemos ‘um gesto de boa vontade’ ao rendermo-nos em Kherson e na região de Kharkiv?”, questionou.