Na sequência da divulgação dos casos de abusos sexuais na Igreja em vários países, incluindo em Portugal, o Papa Francisco deixou um alerta sobre este crime: “O vosso trabalho a favor da proteção dos mais vulneráveis é urgente e essencial”. E criticou quem “minimiza” as histórias das vítimas.
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“Quem minimiza o impacto desta história ou minimiza o perigo atual, desonra aqueles que tanto sofreram e engana a quem dizem servir”, acrescentou o Papa Francisco, a propósito da sua participação no Congresso latino-americano, que se realiza no Paraguai.
Analisar os casos de abusos sexuais na Igreja é “um trabalho doloroso, mas necessário”, alertou, acrescentando que é fundamental que “as pessoas vítimas de abuso tenham formas claras e acessíveis de encontrar justiça”.
“O abuso sexual por parte do clero e o seu encobrimento por parte dos bispos e superiores religiosos deixou uma marca indelével”, disse o Papa, citado pela agência Ecclesia, defendendo que “os líderes da Igreja têm feito muito para enfrentar este mal e para evitar que se repita”.
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Na sua deslocação ao Paraguai, o Papa Francisco adiantou ainda que será publicado em breve um relatório sobre “adaptação das políticas e práticas adequadas em toda a Igreja”.