A TAP regista mais uma baixa: Silvia Mosquera Gonzalez renunciou ao cargo de vogal do Conselho de Administração e vogal da Comissão Executiva. A renúncia produzirá efeito no dia 23 de junho de 2023, anunciou a companhia aérea em comunicado enviado esta terça-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A TAP, que não detalha os motivos da renúncia, agradece “todo o serviço prestado” pela gestora espanhola, salientando o momento “particularmente desafiante para a empresa”. Silvia Mosquera Gonzalez estava na administração da companhia aérea desde janeiro de 2021, ano em que Christine Ourmières-Widener assumiu a liderança. Antes, tinha trabalhado na empresa colombiana Avianca — de Germán Efromovich, que foi candidato à compra da TAP.
A saída de Silvia Mosquera Gonzalez foi conhecida no dia em que a TAP apresentou os resultados referentes ao ano passado: lucros de 65,6 milhões de euros, valor que compara com os prejuízos de 1,6 mil milhões de euros em 2021.
TAP registou lucros de 65,6 milhões em 2022. CEO diz que performance está em linha com metas de 2025
Esta é a terceira baixa registada na TAP em menos de um mês após a saída da CEO, Christine Ourmières-Widener, e do chairman, Manuel Beja. Os dois gestores foram demitidos pelo Governo durante a apresentação das conclusões da auditoria da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) ao pagamento por parte da TAP de 500 mil euros a Alexandra Reis.
O Governo escolheu Luís Rodrigues para substituir Manuel Beja e Christine Ourmières-Widener, acumulando os dois cargos. Deverá chegar à companhia aérea em abril, depois de sair da SATA— que passará a ser liderada por Teresa Mafalda Gonçalves.