A Opel revelou o que o futuro reserva para o Grandland, o SUV do segmento C desta marca do grupo Stellantis. Na próxima geração, que surgirá em 2024, o modelo vai surgir em versão 100% eléctrica, mas pela primeira vez um Opel será concebido sobre uma plataforma específica para veículos eléctricos, maximizando assim o potencial desta solução em termos de peso, eficiência e custos.

Uma das grandes apostas da marca alemã da Stellantis é a renovação da sua fábrica em Eisenach, até aqui exclusiva para modelos tradicionais com motores térmicos, como os actuais Grandland a combustão e PHEV. Fruto de um investimento de 130 milhões de euros, a instalação fabril localizada na antiga Alemanha de Leste ficará em breve apta à produção de veículos eléctricos, com plataformas dedicadas.

Uma vez alterada, Eisenach irá permitir fabricar modelos em cima de uma das novas plataformas específicas para veículos eléctricos da Stellantis, nomeadamente a STLA Medium, destinada a servir de base a modelos de todos os tipos (SUV, berlinas, coupés ou crossovers) dos segmentos C e D. É aqui que se integra o Grandland, cujo sucessor da actual geração será exclusivamente eléctrico, previsto já para o próximo ano.

Para o responsável das linhas de produção da Stellantis, Arnaud Deboeuf, a fábrica de Eisenach “sempre se revelou muito eficiente no que respeita às melhorias em qualidade”, garantindo que “a linha de produção germânica e os seus trabalhadores muito dedicados vão permitir continuar a reduzir custos e incrementar o rigor na construção dos modelos fabricados”.

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O Opel Grandland eléctrico a bateria partilhará a plataforma STLA Medium, bem como os motores e baterias com o Peugeot e-3008, o que significa que deverá propor versões com tracção a um eixo ou a dois (4×4), num total de três tipos de motorizações distintas, como já foi anteriormente anunciado para o SUV da marca francesa. A isto, os dois SUV a bateria vão aliar acumuladores com mais do que uma capacidade, que na versão mais generosa assegurará uma autonomia máxima de 700 km em WLTP.

A Opel já oferece o Corsa-e e o Mokka Electric como modelos a bateria, mas nenhum deles é concebido sobre plataformas específicas para esta tecnologia, com desvantagens no que respeita à eficiência, peso e custos. Com a entrada das plataformas STLA, de que a Medium é apenas a primeira, a Opel ficará em melhores condições para cumprir o prometido, que passa por vender exclusivamente veículos eléctricos na Europa a partir de 2028, assumindo-se assim como uma das primeiras das 14 marcas da Stellantis a colocar um ponto final na produção de veículos com motores de combustão, entre os destinados aos mercados do Velho Continente.

Além dos 130 milhões de euros investidos pela Opel na fábrica de Eisenach, a Stellantis como um todo tem previsto investir um total de 32 mil milhões. Esta verba inclui, em parte, os investimentos destinados a passar à fase seguinte em termos de produção de veículos eléctricos, o que significa adaptar todas as fábricas à construção sobre plataformas dedicadas, designadamente as STLA Small, Medium, Large e Frame, esta última destinada às pick-ups e aos furgões comerciais. Mas o valor a investir por este que é o 2.º maior grupo europeu e o 4.º maior mundial prevê, igualmente, um esforço financeiro considerável em software, para adaptar os veículos às crescentes necessidades dos utilizadores.