O Conselho Português para os Refugiados (CPR) defende esta quarta-feira ser “imperativo” que o caso do ataque no Centro Ismaili, em Lisboa, não potencie situações de racismo e xenofobia, manifestando-se ainda solidário com a comunidade atingida.

“É imperativo que a situação grave que originou a atenção mediática dos últimos dias, não se transforme em desencadeadores de racismo e xenofobia”, defendeu o CPR em nota enviada à Lusa sobre o ataque no Centro Ismaili, que provocou duas mortes.

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Questionado sobre os apoios existentes aos refugiados, o CPR entende que “é sempre possível melhorar os financiamentos existentes e desta forma reforçar o trabalho de dezenas de entidades de acolhimento que, por todo o país, disponibilizam serviços às pessoas refugiadas que procuram reconstruir as suas vidas em Portugal”, mesmo reconhecendo avanços nos últimos anos em Portugal nesta matéria.

“Neste momento de choque e luto, o CPR gostaria de partilhar a sua comoção e transmitir solidariedade para com a Comunidade Ismaili. O nosso pensamento dirige-se também às famílias das vítimas e a toda a equipa, a quem desejamos força e esperança”, acrescenta o CPR.

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O CPR é uma organização não-governamental para o desenvolvimento (ONGD), sem fins lucrativos, que desde 1991 apoia requerentes e beneficiários de proteção internacional em Portugal no processo de acolhimento e integração.

De acordo com o CPR, a organização apoia atualmente cerca de 450 requerentes e beneficiários de proteção internacional.