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Maria Moskalyova, a rapariga russa de 12 anos colocada num orfanato após desenhar na escola um cartaz crítico da invasão da Ucrânia, foi retirada da instituição onde estava pela mãe, afirmou esta quinta-feira a comissária russa para os direitos das crianças.

O caso envolvendo Moskalyova tem atraído atenção internacional. A jovem tinha feito um desenho de mísseis russos a sobrevoar uma mulher e uma criança com a bandeira da Ucrânia e as frases “não à guerra” e “glória à Ucrânia”. Acabou por ser separada à força do pai, com quem vivia, e institucionalizada.

Esta quinta-feira, a comissária russa Maria Lvova-Belova – que tem um mandado de captura do Tribunal Penal Internacional por, alegadamente, ter tido um papel na deportação ilegal de crianças ucranianas para a Rússia – confirmou que a jovem tinha sido retirada do orfanato pela mãe.

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“(Masha) Maria não quis inicialmente ir com a mãe, mas a sua posição mudou” disse Lvova-Belova, que terá falado com a mãe de Moskalyova por telefone. Os pais da jovem estavam separados e esta não vivia com a mãe há já vários anos.

O pai da criança, Alexei Moskalyov, foi condenado a dois anos de prisão por “denegrir” a imagem do exército russo, e por criticar as políticas do Kremlin nas redes sociais. Antes de receber a sentença, o homem de 54 anos fugiu da prisão domiciliária onde se encontrava, acabando por ser detido na Bielorrússia. Arrisca-se ainda a perder custódia da filha.

O paradeiro de Moskalyov é, para já, desconhecido. À AFP, o seu advogado, Vladimir Biliyenko disse não saber para que estabelecimento prisional foi transferido o seu cliente e que o tribunal teria de pedir informações ao sistema prisional russo. “É a única maneira de descobrirmos onde está o Alexei. Até ao momento ninguém sabe”, revelou.

Criança que fez desenho contra a invasão da Ucrânia mantida em orfanato há duas semanas